domingo, 5 de junho de 2016

FUTSAL (SUB-20) - BOAVISTA CEDE COM CAXINAS, EM JOGO INGRATO

JOEL, E O RIGOR TÁCTICO CAXINEIRO, VENCEU A MAIS VALIA TÉCNICA AXADREZADA


BOAVISTA FC 3 – ADCR CAXINAS 5
(1-2)

PAVILHÃO    
      Fontes Pereira de Melo






ÁRBITROS     
      
Valter Martins
 Francisco Dias
 Paulo Oliveira da AF Porto





BOAVISTA FC


Leonel
Torres
Amorim
Pedro
Bébe

Banco
Filipe (gr)
Rubinho
Baltar
Latino
Saraiva
Alheira


CAXINAS

Joel
Tiago Soares
João Fontes
Fábio
Pedro Vicente




Banco
Diogo (gr)
Ruben (gr)
Martins
Campos
Ventura
Carter

DISCIPLINA

Boavista – Amorim (22), Leonel (28)
Caxinas – Tiago Soares (26)






Boavista – Leonel (29), Amorim (29)







MARCHA DO MARCADOR






0-1   Fábio (15)
0-2   Fontes (16)
1-2 Amorim (19)
2-2 Bébe (21)
3-2 Rubinho (26)
3-3 Pedro (gp) (28)
3-4 Pedro (29)
3-5 Fontes (31)

Jogo de emoções e de entrega total de todos os atletas de ambas equipas, no qual a disciplina e rigor táctico dos Caxineiros, venceu uma mais-valia técnica dos Boavisteiros.

Ao analisar este jogo, será normal que todos adeptos axadrezados apontem, o guardião do Caxinas como o grande responsável pela derrota do Boavista. Sendo certo, que Joel foi indiscutivelmente o (de longe) melhor jogador em campo, defendendo tudo que tinha defesa e muito que parecia não ter. Mas na nossa opinião, houve mais razões para este resultado. 

Raul Moreira, raposa velha de tácticas, impôs, um sistema de jogo que privilegiava essencialmente a defesa da sua baliza, apostando em saídas rápidas para o contra-ataque. Para melhor exemplificar isto, bastará registar que o Caxinas rematou, na primeira parte, por três vezes à baliza do Boavista, marcando dois golos! O primeiro remate, coincidiu, com o primeiro golo aos quinze minutos.

O Boavista, por seu lado, apresentou-se sempre fiel ao seu estilo de jogo pressionando todos os lances, na frente de ataque e atacando sempre, com todos os seus elementos.

O espetáculo de Joel começou muito cedo e cedo se percebeu que Joel iria repetir a exibição do domingo passado na primeira mão. 

Entre constantes ataques e rigor defensivo, a cortar os contra-ataques Vila-condenses o Boavista, assumiu todas as despesas e riscos do jogo. 

Numa saída para o ataque, o passe entre panteras foi interceptado, e Fábio no centro do terreno abriu o activo, no primeiro remate do Caxinas na passagem dos quinze minutos. Um minuto depois, num lance de puro contra-ataque, Fontes, rematava em diagonal e aumentava a vantagem.

Pura injustiça para o Boavista, aproveitamento total para o Caxinas. Mas o Boavista não desistiu e a segundos do intervalo viria a reduzir, por Amorim junto ao segundo poste, após jogada dentro da área.

O segundo tempo, foi de grande intensidade axadrezada. Aos trinta segundos, o Boavista empatava a partida, por intermédio de Bébe de cabeça junto ao segundo poste, concluindo um passe em chapéu sobre Joel. Mas, neste mesmo primeiro minuto o Boavista teve grande oportunidade para voltar a marcar.

Mantendo grande intensidade de jogo, mesmo com Joel a continuar a brilhar, o Boavista viria a dar a volta ao marcador na passagem do minuto vinte e seis, por intermédio de Rubinho, na transformação de um livre do lado esquerdo.

Tudo estava alterado e agora todos esperavam ver como se iria colocar em campo a equipa do Caxinas.
Mas o tempo de espera, foi curto e nem deu para se perceber como seria a sua postura táctica. Por erros axadrezados, diga-se por justiça, e disto não se podem culpar os Caxineiros que aproveitaram as dádivas.

Ao Boavista esperava-se um maior encolhimento, estava a vencer e o jogo não poderia terminar empatado, passando a jogar mais recolhido e sair em transições… mas os jovens comandados por João Marques, não são capazes de jogar nesse sistema, continuando a jogar o jogo pelo jogo, dando espectáculos mas correndo riscos.

Aos vinte e oito minutos, um desses erros, acabou por obrigar Leonel, a cometer falta dentro da área e consequentemente sofrer a marcação de uma grande penalidade, convertida por Pedro. Que empatava o jogo a três golos.

E de repente… no minuto vinte e nove que se mostrou como o minuto maldito para o Boavista, com já tinha sido em Cabeceiras de Basto, em Vizela (pelo menos neste jogos que assistimos). Novo erro defensivo que só pode ser entendido, por Leonel ter perdido a noção do espaço que ocupava ao socar, com limpeza, a bola da cabeça de um adversário…com o contra de o ter feito fora da área. 

Daí surgiu a sua expulsão, agravada com a expulsão? De Amorim que estava no banco!

Jogando em vantagem numérica o Caxinas aproveitou e marcou conquistando nova vantagem.
Os axadrezados sentiram a “reviravolta” e perderam-se um pouco. O suficiente para que o Caxinas voltasse a impor a sua táctica preferida. Defesa organizada, entrega a todos os lances e saída em transições rápidas.

O dia era de Joel e para ele estava marcada a jogada que iria matar o jogo. Após defender e com a bola na sua posse, saiu da área em jogada de ataque. No entanto, adiantou o esférico, ficando dividida entre ele e um boavisteiro. Dividiu o lance e a bola saiu “trilhada”para o meio campo contrário. Fontes que acompanhou o lance correu para a bola e quando o guarda-redes axadrezado saiu (bem) da baliza, conseguiu chegar primeiro fazendo o golo que matou o jogo. O marcador registava, trinta e um minutos de jogo.
O Boavista, tinha  estado três minutos no inferno!

O Boavista nunca se rendeu mas o jogo estava resolvido. O Caxinas manteve-se fiel ao seu rigor e o seu técnico nunca facilitou, utilizando em todo o jogo apenas oito elementos. Fábio apresentava dificuldades em respirar, tal era o cansaço, mas nunca o seu treinador o tirou do jogo. O exemplo do rigor Caxineiro.

O Boavista saiu de uma prova na qual mostrou grande nível técnico, registado por todos os adversários, e sai de cabeça erguida e com todo o orgulho, fazendo mais… muito mais que se lhe esperava e mostrando que quando estes jogadores conseguirem ser mais rigorosos tacticamente… não haverá limites para esta equipa.

Um registo para a GRANDE disciplina em que o encontro decorreu. Nem uma picardia, nem um lance mais duro, entre nenhum dos jogadores. Desporto puro de luta, de entrega mas de grande respeito.

Da equipa da arbitragem, apenas dizer. Dois pêndulos em todo o jogo. Confiantes e transportando para os jogadores a imagem dessa confiança e a mensagem que quem mandava eram eles, fizeram uma excelente exibição. Mesmo procurando não encontramos um erro para apontar. Excelente.

Nota: Presente neste jogo esteve o Selecionador Nacional, Pedro Palas, com quem realizamos uma entrevista a publicar dentro de dias.

Os comentários dos técnicos das equipas serão apresentadas amanhã.