segunda-feira, 21 de junho de 2010

REPORTAGEM NA Sª DA HORA


SÉRGIO CARVALHO

Não foi fácil chegar até junto de Sérgio Carvalho, porque o aparato policial nos proibiu, mesmo solicitado. Tivemos que sair do pavilhão e entrar pelos balneários e depois para o recinto.,.. onde continuavam alguns policias.

Encontramos um treinador calmo, depois de passadas as emoções do jogo.
Como analisas o jogo?
Foi um jogo mais difícil do que possa parecer, pelo resultado desnivelado. O adversário vendeu cara a derrota.
Foi um jogo de grande competitividade?
Eu gostava de começar por aí e dar os meus parabéns à atitude que o adversário teve. Nunca desistiu de lutar pelo resultado, porém mais uma vez a nossa qualidade acabou por vir ao de cima.
Dá uma visão técnica da partida.
Defrontamos um adversário que passou por noventa por cento do tempo de jogo, a condicionar o seu jogo no seu meio campo defensivo, muitas das vezes até, encostado aos dez metros. Acabamos por encontrar soluções, também no banco, e começamos a fazer golos, ao contrário do primeiro jogo com o Sporting, na primeira mão da meia final e foi aí que esteve o desiquilibrio.
A segunda parte foi mais forte por parte do Nelas?
Exactamente. O Nelas teria que fazer alguma coisa. Eu alertei a equipa no intervalo para o facto de esperar que eles iriam entrar com tudo, não me surpreenderia se tivessem entrado a jogar de cinco para quatro, à procurar de diminuir o resultado que era de quatro golos de diferença.
Mas mesmo assim, esse período foi de quatro cinco minutos e a partir daí, rodando muitas peças e explorando a falta de soluções que o adversário (não) tinha no banco, trabalhando o desgaste fisco e anímico do adversário, pelo decorrer do jogo, pelo ambiente, pelo calor que estava e pelo desgaste provocado pelo avolumar do resultado, acabamos por alcançar um resultado que não garantindo, praticamente definiu o campeão deste ano.
O Nelas só utilizou sete jogadores. Foi no banco que esteve a solução?
Eu quando digo no principio das épocas que quero formar uma equipa, quero dizer que não quero um cinco base, mas um plantel de qualidade. Temos que formar uma equipa de doze/treze/catorze jogadores com qualidades muito próxima uns dos outros, exactamente para que haja soluções que possam fazer a diferença sobre todos os adversários. Foi o que aconteceu até hoje.
Se o Boavista tivesse seis/sete jogadores, não chagava até aqui?
Se o Boavista tivesse seis ou sete jogadores iria ser muito complicado. Era muito complicado gerir um plantel tão curto. Aqui é o contrário, nós gerimos com o que procuramos e começamos a ganhar os títulos precisamente aí-
Já com o Sporting isso foi notório...
Obviamente. Eu costumo dizer que nos jogos de futsal do primeiro ao último segundo de jogo a intensidade, entrega e qualidade de jogo tem que ser a mesma, para que isso seja possível em jogos como este, tem que haver plantel, tem que haver qualidade e forma de rotação, se não é impossível.
O que esperas no Domingo?
Nada que não estejamos habituados! Porém estes sete a zero já nos dão uma margem, não para jogar com o pé levantado, como costumo dizer, mas para jogar concentrados, mas essencialmente permite-nos gerir esta vantagem com outra tranquilidade.
Mas tens que preparar a cabeça dos atletas...
É o mais difícil mas o mais importante é que os miúdos percebam que o campeonato ainda não acabou. Acaba no último segundo do jogo de Nelas, portanto, vamos continuar a procurar vitórias como até aqui.