quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

PAINTBALL - UM POUCO DE INFORMAÇÃO SOBRE A MODALIDADE


1. História do Paintball

O paintball evoluiu nos últimos anos, de um grupo de amigos que se juntava no mato para trocar uns tiros com umas “armas” (marcadores) que projectam umas bolas de tinta para um desporto altamente competitivo e tecnologicamente desenvolvido, praticado por cerca de 11 milhões de pessoas em todo o mundo e por milhares de pessoas em Portugal.

O paintball tornou-se tão popular que é já o terceiro desporto radical mais praticado, à frente de modalidades como o surf e do snowboard e é o décimo desporto em termos de facturação directa e associada em todo o mundo.

É o desporto mecanizado menos dispendioso, e os recentes avanços em termos tecnológicos têm permitido reduções substanciais nos preços dos equipamentos permitindo assim um incremento apreciável no número de jogadores regulares.

Como desporto é seguido e comentado por milhares de pessoas no nosso país, e embora a comunicação social tradicional ainda não o tenha descoberto na totalidade, e possui várias publicações e meios de comunicação que acompanham os principais campeonatos Nacionais e Internacionais.

Desde sempre o paintball esteve conotado com “jogos de guerra”. Há várias correntes de pensamento a favor ou contra esta conotação, mas a realidade é que o jogo envolve marcadores (que o resto da população em geral chama de “armas”), tiroteios, algumas nódoas negras e estratégias e tácticas aplicadas em todo o mundo em cenários militares.

Efectivamente, para o jogador casual, é essa a vertente que conhece. É uma parte muito importante da comunidade de jogadores, de longe a maior em termos de número de jogadores e é por onde a maioria das pessoas começa a jogar e desenvolve o gosto pela prática do paintball.

Além dessa vertente, há uma vertente de competição. Menos conhecida do público em geral, tem tido um crescimento exuberante nos últimos anos, multiplicando-se o número de jogadores, campeonatos, organizações e associações ligadas ao desporto. Tem praticantes anível mundial, tem campeonatos internacionais e é um negócio que envolve muitos milhões de Euros anualmente.

É o desporto radical mais seguro do mundo, nunca na história do paintball (mais de 25 anos) houve um acidente grave ou fatal, desde que cumpridas as condições de segurança, que são exercidas por jogadores e organizadores de uma forma exemplar e única comparativamente a qualquer outro desporto.

Muita gente já se perguntou como é que um desporto destes começa. Quem foi a primeira pessoa a pensar: “vou disparar esta bola de tinta contra outra pessoa?”.

A história conta que no Canadá, um pastor de ovelhas que não queria marcar as suas ovelhas com ferros quentes, inventou um dispositivo artesanal que disparava umas bolas de tinta de óleo, lavável, que permitia a identificação das suas ovelhas (em exposições ou eventos) sem sofrimento para os animais e sem danificar a lã.

Quanto tempo foi necessário passar até que um pastor se lembrasse de atingir outro, não foi registado, mas quando isso aconteceu pela primeira vez, o jogo de paintball nasceu.

Esta primeira “batalha” ocorreu há mais de 25 anos. De lá até aos dias de hoje, muita coisa mudou e continua a mudar.

Não há outro jogo que se lhe compare!


2. Federação Portuguesa de Paintball


Dia 1 de Junho de 2007 marcou o início da actividade da Federação Portuguesa de Paintball. Foi nessa data que ficaram registados em notário os estatutos da Federação Portuguesa de Paintball.

Foi mais um pequeno, mas importante, passo para a organização e desenvolvimento do de um desporto que tem uma das mais altas taxas de crescimento e para o qual a Federação é um contribuinte importante.

A Federação Portuguesa de Paintball tem a sede estabelecida em Vila de Rei. Local escolhido por ser o centro geodésico de Portugal Continental.

Estes primeiros passos são resultado de um grupo de trabalho, nesta fase ainda de número reduzido. Este grupo de trabalho – a comissão instaladora – tem, fruto dos regulamentos registados, uma duração limitada. Findo o prazo, terá obrigatoriamente de ser levada a cabo uma assembleia-geral com a normal votação para os cargos dirigentes.

Até lá, serão criadas as condições base para um normal funcionamento de uma organização deste tipo, com o desejável incremente do número de membros do grupo de trabalho e a participação activa de todos os paintballers nacionais. Só assim se consegue completar as competências adicionais necessárias para regulamentar e propor melhorias nas diversas áreas de actuação do que deve ser uma federação de um desporto credível e com um passado que se deve orgulhar e um futuro que nos tem que deixar orgulhosos.

A actuação da Federação, no imediato e de uma forma genérica, pretende adicionar valor ao que de bom já existe e se vem fazendo em Portugal. A começar pelo Campeonato Nacional – que se integrou na FPP – e passando por todas as iniciativas de âmbito mais ou menos local que se pretende homogeneizar, para sabermos que, sempre que se fale de Paintball, seja ele de competição ou recreativo, estamos a falar de um desporto, onde existe justiça desportiva, condições de segurança, igualdade de oportunidades e uma entidade que assegura essa justiça através do seu símbolo, que é garantia de qualidade.


São vários os projectos em desenvolvimento no momento e muitos mais os que se pretendem desenvolver no futuro. Durante os próximos tempos irão certamente aparecer mais notícias.

Iremos manter a forma de trabalhar que acreditamos ser a mais correcta para esta fase de um projecto que é de todos mas que precisava que alguns o colocassem em movimento: propor, ouvir, fazer e anunciar depois.