segunda-feira, 19 de outubro de 2009

CATARINA GOMES A TREINADORA DAS MINIS

Catarina Gomes de vinte e quatro anos é uma Boavisteira de sete costados - seguindo o sangue da família - teve o desgosto de ter de abandonar precocemente a actividade como atleta. A sua vida escolar obrigou-a a ausentar-se do Boavista, mas acabado o curso...regressou ao clube, como Engenheira, que mesmo assim não deixa o seus amores... o Boavista e as suas meninas

Qual o escalão que treina?
Minis A.

Sei que tem um passado ligado ao Voleibol do Boavista. Faça-nos um resumo dele...
Entrei para o voleibol no Boavista também eu Mini A na altura, tinha 10 anos. Fui avançando pelos vários escalões até juvenil. Fui quatro vezes campeã regional e duas vezes vice-campeã nacional.
Fiz muitos amigos e muito do que conheço do nosso país, devo-o ao Voleibol no Boavista. Relembro vários momentos com muita alegria e, apesar das dificuldades actuais, é este o sentimento que desejo que as nossas meninas venham a ter daqui a uns anos - mais que um desporto, o voleibol é uma escola da vida.

Porque não continuou como praticante?
Quando cheguei ao escalão de júniores diagnosticaram-me uma fractura de esforço na coluna que me impossibilitou de continuar como atleta. Nessa mesma época tirei o curso de treinadores e fui treinar o escalão de minis.

Qual a profissão que tem no momento?
Sou engenheira alimentar, mas neste momento estou à procura de emprego.

Porque este regresso ao Boavista, agora noutra funções?
Já tinha sido treinadora das minis mas a função não estava a ser compatível com o facto de eu estar a estudar em Castelo Branco (não era de todo justo para a equipa e para mim tornava-se muito cansativo).
Este regresso deve-se ao facto de eu sentir que podia ajudar o meu clube e a modalidade numa altura em que tanto precisavam e é também a resposta ao pedido do Sr. Zé Manel e da D. Graziela.

Treinadora de meninas a dar os primeiros passos. É aliciante ou de vez enquando a inexperiencia delas incomoda-a?
Não, não me incomoda minimamente, é aliás o meu grande desafio. Trabalho com meninas com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos - as suas vitórias vão-se fazendo nos treinos quando conseguem fazer com que a bola passe por cima da rede ou quando cumprem os objectivos que lhes propomos.

Ver alegria delas quando isso acontece ou quando ganham um jogo num torneio compensa todo o esforço.

O Voleibol é um amor ou um passatempo?
Pode começar como passatempo mas rapidamente se transforma em amor. A dada altura é já um estilo de vida (sorriu)

Sente saudades de quando jogava?
Sim muitas. Apesar de ter deixado de jogar relativamente cedo, guardo as melhores recordações como atleta.

Vai "fazer" alguma campeã?
Não sei, é claro que ficarei toda orgulhosa se isso acontecer, mas já tenho alguns "pequenos orgulhos" que é ver atletas que já passaram por mim, como a Joana Ferraz (que é agora minha colega, treinadora das minis B e atleta nas séniores), a Catarina Soares (treinadora das juvenis e atleta nas seniores) ou a Mariana Moura (atleta nas seniores) a desempenharem tão bem as suas funções e sem nunca terem desistido da modalidade bem como outras atletas que se encontram espalhadas pelos outros escalões.

Penso que o facto de terem continuado a avançar na modalidade já é um grande orgulho.

Sabemos que tem uma família dedicada ao Voleibol. Foi você que os trouxe ou forem eles que a trouxeram?
Tenho acima de tudo uma família ligada ao Boavista. A partir do momento em que eu e a minha irmã entramos para o voleibol, em casa tudo se regia pelos nossos horários, a entrada da família torna-se inevitável, por isso penso que entramos todos juntos.

Este foi um ano de regressos - a minha irmã (Sofia Gomes) regressou ao escalão das séniores, eu voltei para as minis e o meu pai (Manuel Gomes) volta a ajudar na divulgação da modalidade com os cartazes!

Como analisa o Voleibol no Boavista?
É uma modalidade que tem dado muitas alegrias ao clube. Graças a duas pessoas muito especiais (Sr. Zé Manel e agora a D. Graziela), o voleibol no Boavista é um exemplo de força, garra e determinação e penso que falo por todos quando digo que são estes os valores que queremos transmitir às nossas atletas.



ESTAMOS NA LUTA! Julgo que o nosso lema resume tudo! (terminou a rir... a Engenheira axadrezada)