quarta-feira, 26 de julho de 2017

BILHAR - ENTREVISTA COM O ENG. JOSÉ GUILHERME BARBOSA



 DE CAMPEÃO NACIONAL DE JUNIORES DE ANDEBOL , AO BILHAR DO BOAVISTA
 
O Engenheiro, José Guilherme Monteiro Barbosa, e um dos jogadores da equipa de bilhar na variante de Carambola e faz parte da equipa do Boavista, que este ano, conseguiu excelente prestação no campeonato Nacional de carambola da segunda divisão.

Há quantos anos se dedica a jogar Carambola?

Comecei com cerca de dezasseis ou dezassete anos, no tempo do liceu. Interrompi uns anos. quando prestei serviço militar na Guiné, no tempo da guerra. Quando regressei as coisas alteraram-se por simples acaso e passei a levar o bilhar mais a sério.

Quer resumir?

Eu era sócio do Ateneu Comercial do Porto, onde jogava Bridge. Um dia, por simples acaso, desci à cave do edifício que até aí não conhecia e vi um conjunto de bilhares com mesas de carambola. Recordei que em "novo" era bom jogador e fiz regressar o meu vício de carambola.

Mas só como jogador?

Não. Como não existia uma secção oficial, fundei a secção de Bilhar no Ateneu e consegui levar o Ateneu Comercial do Porto a ser Vencedor da Taça de Portugal e Campeão Nacional, em carambola, mas no mesmo ano o Ateneu foi vencedor da Taça de Portugal e Campeão Nacional em POOL Português.

Ficou ligado à história do Ateneu. Porque aconteceu a sua saída?

Estive lá cerca de dez anos, mas entretanto, aquilo começou a ficar meio morto, atravessando graves dificuldades e com os sócios a desaparecerem. O clube definhou - e digo o clube, não só a secção do bilhar – definhou completamente e eu saí.

Mudou para que clube?

Aceitei o convite do Leça, onde tenho jogado até que apareceu o Boavista. Sou actualemente jogador do Boavista Futebol Clube, o que muito me honra, porque é o meu clube de coração. Fui campeão nacional de Juniores de andebol pelo Boavista.

Então está em casa?

Fui jogador de andebol do Boavista, até aos meus trinta e cinco anos. Só interrompi quando o Boavista suspendeu a secção e quando estive na Guine´.

No caso este protocolo entre Boavista e Leça é para si, dois em um. Como viu este processo?

Quando os clubes discutiram o processo, os directores do Leça sabendo que eu boavisteiro, entraram em contacto comigo, para conhecer a minha opinião e eu aceitei de imediato esse convite e regressei a casa.

Como correu o campeonato desta época?

Fizemos um bom campeonato, não ficando apurados para o Nacional, ficamos “à portinha” porque perdemos a oportunidade nas últimas jornadas, mas no conjunto, considero que foi um bom desempenho. Havia duas vagas para apuramento de equipas do norte e nós ficamos em terceiro.

Para o ano, vão haver reforços na equipa?

Isso não depende de mim. Eu sou jogador e responsável pela equipa.

E os objectivos a atingir?

É subir à primeira divisão, coisa que não conseguimos este ano, mas é imperioso subir. Precisamos de algum reforço para fortalecer a equipa porque em Carambola, os jogos já são mais difíceis

A casa do Boavista continua a ser em Leça?

Sim, continuará a ser em Leça porque aqui ainda não temos condições para se fazer uma sala para carambola, mas claro que seria muito bom. Temos que acreditar, porque há um ano, esta sala não passava de uma utopia e agora é uma certeza.