domingo, 27 de março de 2016

FUTSAL (SUB 20) - CRÓNICA DO JOGO BOAVISTA - CONTACTO FUTSAL.

BOAVISTA FC 5 – CONTACTO FUTSAL 2
(4-2)

PAVILHÃO 
 Fontes Pereira de Melo






ÁRBITROS

Alexandre Costa, Hugo Costa, Marco Pimentel da AF Aveiro





BOAVISTA FC
Gonçalo
Baltar
Saraiva
Pedro
Bébe

Banco
Leonel
Rubinho
Torres
Amorim
Latino
Mauro

Treinador
João Marques

CONTACTO FUTSAL


Pedro
Zé Nuno
Tevez
Oliveira
Marra


Banco
Costa
Leandro
Neiva
Toni
Tomé
Casinha

Treinador
Carlos Araújo

DISCIPLINA

Nada a assinalar




MARCA DO MARCADOR







1-0   Saraiva (2)
1-1   Zé Nuno (8)
1-2   Nuno (8)
2-2 Zé (10)
3-2 Bébe (16)
4-2 Mauro (20)
5-2 Saraiva (24)

Neste, emotivo campeonato, onde todos os resultados podem acontecer, é fundamental vencer os jogos em casa, para se alcançarem o obejctivos. Assim, todos os jogos são de vital importância.

Ontem, o Boavista venceu, justa e  categoricamente a difícil equipa de Cabeceiras de Basto, num dos jogos mais “conseguidos” que vimos o Boavista realizar, pela postura táctica que conseguiu impor, principalmente no segundo tempo.


Conhecida a forma como o Contacto, gosta de jogar, em corridas constantes e de enorme poder ofensivo, rematando de todo e qualquer lado, obrigando, deste modo, a que o jogo se transforme num constante jogo de transições.

E foi assim, durante os primeiros dez minutos do encontro, em que a velocidade imposta pelas duas equipas, ocasionavam constante luta de contactos e logo… de muitas perdas de bola, tal a entrega dos jogadores.

Os três primeiros golos, são a prova deste estilo de jogar futsal, pois, todos aconteceram de “roubos” de bola ao adversário, numa luta directa entre jogadores.

Aos dois minutos do encontro, o Boavista abria o activo, por intermédio de Saraiva, que roubou ao seu adversário directo a bola, ainda no meio campo do Contacto, avançou para a área e rematou seco e certeiro.

Ao minuto oito, os minhotos, não só empatam como “viravam” o jogo. Primeiro, por Zé Nuno, que roubando a bola na entrada do meio campo axadrezado, avançou em zona central bateu Gonçalo. 

Meio minuto depois, nova perda de bola axadrezada. O jogador do Contacto sobe pelo lado direito, espera a saída do guardião do Boavista e serve o Nuno, numa diagonal. Este ao segundo poste, marca facilmente.

O jogo estava, como era de esperar de parada e resposta e do agrado do Contacto, que recuava no terreno para armar as suas correrias de resposta aos ataques do Boavista. Mas por mais tácticas que se coloquem num jogo colectivo, tudo continuará a ser dependente do valor individual do atleta.

Foi o que aconteceu aos dez minutos. Sem o mínimo de sinal, Zé, arranca um verdadeiro míssil de um local incrível. Junto à linha lateral da entrada do ataque ofensivo (cerca de dezoito metros da baliza) e a bola entra no angulo dos minhotos, sem hipóteses de defesa.

O jogo acalmou e o Boavista começou a controlar o adversário, as oportunidades aconteciam. Muito mais para o lado axadrezado e muito menos (oportunidades de golo) que nos minutos anteriores.

Na passagem dos desasseies minutos, o Boavista recupera a vantagem com um grande golo, que surge de uma excelente jogada. Amorim, recupera a bola e na linha do lado direito, faz um passe diagonal para o interior, com Bébe a surgir de rompante e rematar de pronto. Tudo tão rápido, que muitos adversários, nem se aperceberam.

Para concluir este primeiro período o Boavista vai ampliar numa jogada que termina com um golo verdadeiramente imprevisível. Faltavam quatro segundos, para o intervalo, o Contacto jogava na área Boavisteira. O jogador do Boavista recupera a bola e coloca (não pontapeia) coloca… a bola no meio campo contrário, num passe de cerca de trinta metros. Mauro, acompanha a trajectória do esférico, bate em corrida o seu oponente directo… recebe, domina e fuzila, aumentando a vantagem para dois golos.

O segundo tempo, é totalmente diferente. O Boavista, opta por ter mais posse de bola e trabalha as jogadas, na seu terreno defensivo, convidando o adversário a exercer pressão nessa zona. Quando o Contacto, o fazia, subindo no terreno, o Boavista servia em passes longos os colegas postados nas costas dos minhotos.

Aos vinte e quatro minutos, acontece um golo, fruto desse sistema de jogo. Rubinho espera a subida de uma adversário e na lateral direita, no enfiamento da área axadrezada, serve em passe de cerca e trinta metros, uma paralela que Saraiva de primeira, também junto à lateral direita, remata cruzado e faz um golo de bandeira.


Apos esta vantagem, O Boavista, passa a dominar totalmente o jogo, com posse de bola, evitando correrias e contactos directos na disputa de bola, realizando – neste aspecto – um jogo quase perfeito.
Quase… porque cria e desperdiça imensas hipóteses de aumentar o resultado. Ambas as equipas, poderiam ter marcado, mas indiscutivelmente o Boavista desperdiçou, muito mais e algumas vezes, por alguma displicência atacante.

De registar que num jogo de grande intensidade e muitos contactos físicos, não foi exibida por nenhuma vez, o cartão amarelo, que diz bem, da postura competitiva mas de imenso desportivismo colocada em jogo pelos atletas.


Disso beneficiou a equipa de arbitragem que se limitou a “controlar” o jogo, com um único reparo. O critério aplicado pareceu-nos demasiado largo, com muitas “leis de vantagem” e menos marcação de faltas. Critério que levou o jogo mais para o plano do futebol de onze… com espírito inglês. Na primeira parte, apenas foi assinalado uma falta… no segundo tempo cinco. No futsal, as faltas são importantes no contexto do jogo.