EXCELENTE EXIBIÇÃO EM DIA DE TEMPORAL
CF BENFICA 1
– BOAVISTA FC 0
(1-0)
Campo - Francisco Lázaro (Lisboa)
CONSTITUIÇÃO
DAS EQUIPAS
ÁRBITROS
Isabel
Ribeiro, Artur Sabino e Silvana Sebastião (AF Setúbal)
CF BENFICA
Elsa
Matilde, Filipa
Patão, Ana Teixeira, Sofia
Catarina
Realista, Sílvia, Patrícia
Andreia,
Joana ( Mafalda aos 72) e Filipa Galvão (Ana Bral aos 81)
Suplentes
Gemilde,
Carla, Andreia Marques,
Treinador
Pedro Bouças
Adjunto
Manuel
Cadetes
BOAVISTA FC
Barradas
Belinha,
Raquel, Landinha, Flávia
Rita (Babi
aos 60), Cláudia, Marcela
Maria João,
Adriana e Beatriz.
Suplentes
Inês,
Daniela, Bruna, Xana, Paulinha e Lage
Treinadora
Alfredina
Silva
Adjunta
Sandra Silva
Marcha do marcador
1-0 Filipa
Patão (20 minutos)
DISCIPLINA
Boavista - Amarelo
- Beatriz (57)
Boavista - Vermelho
– Adriana (70)
Sendo verdadeiro, que não existem vitórias morais, é igualmente
verdade, que existem derrotas, que podem fazer crescer uma equipa.
Consideramos, que este jogo disputado em Lisboa, foi disto, um claro exemplo, tal a prestação
da jovem equipa axadreza.
O Boavista, ~mesmo reduzido a dez elementos, terminou o encontro, empurrando para a defesa da sua baliza, uma (excelente) equipa candidata ao título. Só a sorte, evitou, que o desfecho do jogo, tivesse o resultado
mais certo, que seria o empate.
Numa tarde de instabilidade climatérica o jogo começou, com
céu limpo e sol radiante, para depressa se desfazer um temporal sobre o
terreno, com chuva e granizo.
O que sempre esteve constante foi o intenso e
forte vento, que viria a ter, segundo a nossa opinião, interferência no jogo.
Escolhendo a campo a favor do vento, o Futebol Benfica, viria
a tirar proveito dessa opção, no decorrer de toda a primeira parte.
Nos primeiros vinte minutos
de jogo, foi evidente a posição da equipa da casa ao assumir o controle de
jogo, com a aceitação e o natural recuo do Boavista, para o seu meio campo
defensivo.
O jogo era jogado no meio campo axadrezado, mas sem grandes
oportunidades de golo, enquanto, o Boavista, não conseguia levar o seu jogo às
suas jogadoras mais avançadas.
Por um lado, porque a filosofia de jogo
axadrezado, consistia no passe apoiado, entre as suas atletas e sempre que tentava
servir a jogadora mais avançada com um passe mais longo o vento jogava contra o
Boavista, porque tão forte era. que devolvia a bola para a zona das panteras.
Sem grandes hipóteses de receber a bola “redonda”, Adriana, era alvo de uma marcação mais apertada e as centrais Benfiquistas, tinham asssim, oportunidade de reforçar o meio campo ofensivamente, mau grado a luta que as "alas" axadrezadas, impunham na “guerra” contra o vento.
Sem exercer grande pressão, mas em constante situação de
ataque o futebol Benfica, dominava o jogo e o golo ameaçava a baliza de xadrez, e seria normal vir a
acontecer.
Tal, aconteceu aos vinte minutos por intermédio de Filipa Patão, uma
das centrais com liberdade de ação que recargou uma excelente defesa de
Barradas, após transformação de um canto.
Depois de ter alcançado a vantagem, a equipa Lisboeta,
recuou um pouco no terreno para passar a utilizar um futebol mais directo,
aproveitando o vento, para jogar nas costas das panteras.
Pelo seu lado, o
Boavista aproveitou o maior espaço que lhe era oferecido e subiu no terreno,
mantendo sempre o seu futebol de passe certo e apoiado. Desta feita, não só
equilibrou o jogo, como passou a mandar nele.
Essa reviravolta táctica, começou de tràs para a frente. Primeiro
as duas centrais axadrezadas, passaram a cobrir as zonas laterais, após a
subida das colegas que aí jogavam, com as mesmas laterias a compensarem nas zonais
centrais, quando a bola aparecia sobrevoando as companheiras, ao sabor do vento.
Para colmatar esta segurança, a guardiã do Boavista jogava, sem receios na
entrada da área.
Seguro, nas suas costas o meio campo do Boavista, pautado
por Cláudia, foi servindo as suas avançadas e não raras vezes, o Boavista se apresentava
como num sistema seguro e confiante de quarto/três/três.
O intervalo, chegou com o jogo a ser disputado no meio campo
de Lisboa, por clara imposição do Boavista.
O segundo tempo, foi uma clara surpresa, que muito
(primeiro) impressionou os espectadores, acabando (depois) por os incomodar e, terminando, numa clara demonstração de alívio.
O Boavista, tomou conta do jogo, jogando um futebol apoiado de garra, em que
ninguém se encolhia na disputa da bola e ganhando progressivamente, terreno
para jogar no meio campo lisboeta.
A equipa da casa, não podia desta feita, optar pelo jogo
directo e comprido, (jogava contra o vento) e a única solução, era entregar toda
a tarefa ofensiva a uma excelente e elegante (a jogar) atleta, Andreia de seu nome.
Andreia era a
ponta do ataque do benfiquista, jogando pela ala direita, levando a sua equipa
para a frente, na procura do segundo golo, que nunca apareceu e só por duas
vezes esteve perto.
Uma num remate por alto de Filipa Galvão e outro num lance
caricato em por duas vezes a bola bateu nos postes axadrezados, por remate…de
uma atleta do Boavista.
O Boavista, era uma equipa colectiva, calma, personalizada e
confiante que procurava o empate sem qualquer ansiedade. Todos os espectadores
sofriam com essa prespectiva, mas a árbitra, viria a ter interferência no jogo.
Num lance dividido entre duas atletas, que caem em simultaneo no
relvado, sem ninguém conseguir entender se alguma fez falta, ou mesmo se alguma
falta existiu e em caso afirmativo,,, quem a cometeu.
Mas a juíza, não teve
dúvidas e num lance que no máximo poderia exibir o cartão amarelo, ás duas
atletas, pela impetuosidade da entrega ao lance, exibiu o cartão vermelho à
jogadora Boavisteira, Adriana, eram decorridos vinte e cinco minutos.
Reduzido a dez elementos, e feitas as respectivas correções
tácticas por intermédio de Alfredina Silva, o Boavista, manteve o nível de jogo e
ninguém nas bancadas, conseguiu notar diferenças, nos vinte minutos que disputou em
desvantagem numérica.
Terminnado o jogo na procura do golo, que
poderia ter aparecido a um minuto do fim, quando Landinha, viu um excelente
remate de cabeça bater na barra lisboeta.
Ambiente agre e doce nas panteras, no final do jogo. Agre,
pela derrota, doce pela excelente exibição produzida. O Fófó, venceu, um jogo que esperava fácil e acabou complicado.
Sem colocar em questão o valor da equipa da capital e a sua vitória, temos obrigação de registar a excelente prestação do Boavista e consideramos, que todos os presentes, aceitariam o empate como um resultado certo.
O futuro de uma equipa
que joga como jogou o Boavista, vai ser melhor que o presente.
Foi uma
excelente surpresa este Boavista.