Ao intervalo 2-1
Camp. Nacional 2ª Div. 4ª Jornada
Pav. Grupo Desportivo do Viso
Árbitros: António Teixeira e José Ramos da AF Viana
Constituição das Equipas:
BOAVISTA FC
Buffon, Pedro Ferreira, Azevedo (Cap), Ricardo e Marquinhos
Jogaram ainda:
Jota, Chico, Preto e André Lopes
A.A. LEÇA
João Paulo, Bife, Wilson, Costa e Ceguinho
Jogaram ainda:
Pedro Sousa, Grilo e Miguel
Disciplina:
Cartão Amarelos:
Boavista;
Preto (28)
Ac. Leça;
Biffe (10), Grilo (17), Adriano(18)
Marcha do Marcador:
1-0 Pedro Ferreira aos 4 m
2-0 Ricardo aos 7 m
2-1 Ceguinho aos 13
3-1 Pedro Ferreira aos 29 m
3-2 Sousa aos 37 m
4-2 Azevedo aos 38 mCrónica:
Vitória indiscutível da melhor equipa em campo, sobre um adversário que teve fases em que conseguiu assumir algum protagonismo no encontro.
O Boavista começou forte e teve dez minutos de grande fulgor atingindo até alguma espectacularidade. Com uma pressão sobre os academistas, cortando linhas de passe, os axadrezados tomaram conta do jogo e da posse de bola, abrindo o marcador (com toda a naturalidade) aos quatro minutos por Pedro Ferreira que dava assim, início a uma tarde fabulosa da sua parte.
Dentro desse domínio o Boavista aumentaria num espectacular golo de Ricardo. Recebeu a bola e com um adversário colado (simulou fugir para o centro, o adversário… foi e ele, fazendo movimento contrário ficou isolado frente ao guardião contrário e facturou).
Com as primeiras substituições o Boavista abanou. A saída de Azevedo foi muito notada e Jota (seu filho) não entrou como habitualmente e o Leça subiu de rendimento, porque sentindo isso Pedro Ferreira retraiu-se e a equipa encolheu-se.
A Académica cresceu vindo a diminuir a desvantagem ameaçando conseguir o empate.
Alberto Melo recompôs a equipa na segunda parte e o espectáculo dado por dois “eternos magos” viria a marcar todo o tempo complementar. Pedro e Azevedo eram o garante da segurança da pantera.
Azevedo atrás controlava o jogo e Pedro Ferreira soltou o seu génio e espalhou o perfume do futsal em todo o campo. Os restantes elementos completavam uma equipa segura e determinada em ganhar.
Numa jogada de costa a costa de Pedro fazia o terceiro golo e nem a diminuição a três minutos do final assustou o Boavista, pois Azevedo colocou a cereja no seu bolo ao marcar o quarto do Boavista, com uma demonstração de astúcia e concentração, transformado um lançamento lateral num golo… em remate sem preparação.
à arbitragem esteve em muito bom plano.
CASO DO JOGO.
Na marcação de um livre a Ac. Leça viria a marcar aquele que seria o golo do empate (2-2) mas prontamente anulado pelo árbitro principal ao considerar que um elemento tinha feito irregularmente um bloqueio sobre a defesa do Boavista. Muita gente não entendeu e a dúvida persistiu no pavilhão sobre a validade ou não do lance.
Foi de novo o mesmo árbitro quem esclareceu (inclusive o colega da mesa). Convenhamos que se tivesse deixado seguir o lance, o golo (irregular) seria aceite por todos! Mas a lei é para se cumprir…
Pedro Ferreira
Chegaria o facto de jogar quarenta minutos (todo o tempo) para se notar sobre todos, mas ele não considerou isso. Juntou a esse facto dois excelentes golos, o segundo formidável a fez-nos recordar um inesquecível marcado na final da Taça de Portugal ao Sporting, quando pela esquerda venceu todos adversários e frente a Benedito “depositou” a bola na sua baliza…
Ontem fez mais que tudo isso. Com as costas guardadas por outro gigante (Azevedo) aventurou-se em todo campo, como dizendo “aguenta isso aí, que eu vou ali e já venho”. Passes, assistências, golos e muita, muita raça, numa tarde à Pedro Ferreira.
A idade diminui-nos a força (naturalmente) mas quem sabe, mantém sempre a qualidade…
Mantém, ou como o vinho do Porto, aumenta?
Comentários ao jogo:
Alberto Melo (Treinador)
“As minhas primeiras palavras vão direitinhas para a massa Associativa e para os panteras negras, porque são de facto excelentes e fabulosos no apoio que dão à equipa.
Em relação ao jogo acho que entramos bem no doze primeiros minutos. Fizemos dois golos e uma grande capacidade de controlar o jogo, a partir daí deixamos o adversário jogar e criaram-nos algumas dificuldades.
Na segunda parte, estivemos bem melhor controlamos a posse de bola e todas as iniciativas ofensivas do adversário. Acho que a nossa vitória é justa.
Cumprimento a equipa adversária que nunca se deu por vencida e que assim acabou por valorizar a nossa vitória.”
“O Boavista esteve sempre em vantagem o que tornou o jogo mais fácil, visto virmos de uma derrota e assim estarmos mais tranquilos. Foi um jogo bem disputado em que o adversário nunca se deu por vencido.”
Ricardo (Atleta)
“ Foi um jogo que controlamos do princípio ao fim. Ganhamos mais três pontos importantes para nos mantermos entre os três primeiros da classificação”
Nota: Crónica de Manuel Pina. Dados do jogo José Batista, recolha de comentários Paulo Correia