Vera Valente é treinadora do Boccia do Desporto Adaptado no Boavista.
Jovem e dinâmica é a treinadora de dois Campeões e, deste modo, podemos afirmar, é uma treinadora Campeã.
Desde Janeiro de 2001.
Qual o local de treinos?
Aqui no Bessa nas antigas salas de ginástica.
Tem as condições desejadas?
Para o número de atletas que temos, considero que tenho as condições indispensáveis.
Neste momento tem dois atletas. Qual seria o número máximo que poderia treinar simultaneamente?
Desde que cada atleta tivesse um acompanhante o que é indispensável, poderia treinar quinze atletas.
Como nasceu esta vocação para treinadora de Boccia?
Não nasceu propriamente para ser treinadora de Boccia, desejei sempre lidar com relações especiais e este desejo já vem desde a pré-escola.
No infantário havia uma miúda com Trissemia vinte e um e tinha uma educadora de infância especial, mas o que era certo é que a miúda, só fazia o que eu mandava fazer.
Fiquei sempre muito sensível com isso e mais tarde quando entrei no curso de Educação Física, já sabia que queria a vertente de reabilitação e actividade física adaptada.
Quanto ao Boccia, vim-me escrever como voluntária no Boavista trabalhei com a classe de deficientes mentais e surgiu a hipótese de treinar com Boccia com o Bruno Valentim, aceitei o desafio e… agora é uma paixão.
O que lhe exige mais. Dedicação ou paciência?
Dedicação, porque o Boccia é um jogo diferente dos outros de índole colectivo, porque é um jogo parado em que, sobre tudo, as capacidades psicológicas e tácticas do atleta, contam mais que as físicas.
Temos a ideia que estes atletas terão mais dificuldade em aceitar a derrota. Estamos certos?
Não! Isso depende muito e sempre do espírito competitivo do jogador.
Com tantos resultados. Não teme perder algum? Por exemplo, o Porto está a apostar muito no Boccia.
Não, sinceramente não tenho medo nenhum, aliás os meus atletas não vão de encontro aos objectivos do FC do Porto.
Porque é que o Bruno Valentim não estve neste Europeu?
O Bruno teve uma situação de ruptura com os Dirigentes Federativos numa prova anterior e decidiu abandonar o estágio dessa prova. Por isso não foi convocado para os Europeus. O Clube tomou uma posição e estamos a aguardar uma resposta.
Luís Silva fez a sua estreia internacional, nestes Europeus. Como classifica os resultados alcançados?
Para a primeira prova internacional, considero que os resultados foram muitos bons. Até porque o jogo que o afasta da final, o das meias-finais, foi um jogo muito bem disputado, ele jogou muito bem e teve algum azar. Em pares jogou lindamente e foi Campeão Europeu com todo o mérito.
Considera que possui espaço para evoluir?
Sim vai evoluir muito, porque é um jogador que trabalha muito que se dedica muito e tem uma grande visão táctica do jogo.
O Bruno pertence à categoria BC4 e o Luís à de BC3. O que diferencia as categorias?
Nestas categorias os atletas têm doenças Neuro-musculares (sem paralisia cerebral) e os números (3 ou 4) diferencia o seu nível de doença. Estes atletas em grau de incapacidade têm menos que os outros.
Podem acontecer mudanças de categoria?
Nestes escalões podem acontecer. Como as doenças neuro-musculares são progressivas, com o tempo, por exemplo, o Bruno Valentim pode passar para BC3.
O facto de ser treinadora mulher, não lhe permite acompanhar (como treinadora) em grandes eventos. Isso não prejudica os atletas?
Sim lamento que não haja uma cota para os treinadores acompanharem.
O Bruno foi para os jogos paralímpicos na China e esteve sem treinadora imenso tempo…
Mas o mais importante nesse caso, é que ele não foi acompanhado pela sua acompanhante de sempre (sua mulher, no caso) e isso eu considero muito importante para eles terem a estabilidade quando saem do campo. Existe uma treinadora/seleccionadora que se ocupa com os treinos e os jogos, como no futebol, mas aqui, como é um jogo individual, os atletas não têm o seu treinador habitual, ao contrário do atletismo no qual os treinadores acompanham os seus atletas.
Algo está errado. Não acha?
Sim acho que está mal e deveria ser alterado.
Pessoalmente, para além de treinadora o que faz profissionalmente?
Sou professora de educação física.
Numa escola normal?
Sim. Só me dedico a atletas especiais depois das aulas.
Nota: se desejar ouvir a entrevista pela rádio, deve sintonizar a Rádio Boavista
O que lhe exige mais. Dedicação ou paciência?
Dedicação, porque o Boccia é um jogo diferente dos outros de índole colectivo, porque é um jogo parado em que, sobre tudo, as capacidades psicológicas e tácticas do atleta, contam mais que as físicas.
Temos a ideia que estes atletas terão mais dificuldade em aceitar a derrota. Estamos certos?
Não! Isso depende muito e sempre do espírito competitivo do jogador.
Com tantos resultados. Não teme perder algum? Por exemplo, o Porto está a apostar muito no Boccia.
Não, sinceramente não tenho medo nenhum, aliás os meus atletas não vão de encontro aos objectivos do FC do Porto.
Porque é que o Bruno Valentim não estve neste Europeu?
O Bruno teve uma situação de ruptura com os Dirigentes Federativos numa prova anterior e decidiu abandonar o estágio dessa prova. Por isso não foi convocado para os Europeus. O Clube tomou uma posição e estamos a aguardar uma resposta.
Luís Silva fez a sua estreia internacional, nestes Europeus. Como classifica os resultados alcançados?
Para a primeira prova internacional, considero que os resultados foram muitos bons. Até porque o jogo que o afasta da final, o das meias-finais, foi um jogo muito bem disputado, ele jogou muito bem e teve algum azar. Em pares jogou lindamente e foi Campeão Europeu com todo o mérito.
Considera que possui espaço para evoluir?
Sim vai evoluir muito, porque é um jogador que trabalha muito que se dedica muito e tem uma grande visão táctica do jogo.
O Bruno pertence à categoria BC4 e o Luís à de BC3. O que diferencia as categorias?
Nestas categorias os atletas têm doenças Neuro-musculares (sem paralisia cerebral) e os números (3 ou 4) diferencia o seu nível de doença. Estes atletas em grau de incapacidade têm menos que os outros.
Podem acontecer mudanças de categoria?
Nestes escalões podem acontecer. Como as doenças neuro-musculares são progressivas, com o tempo, por exemplo, o Bruno Valentim pode passar para BC3.
O facto de ser treinadora mulher, não lhe permite acompanhar (como treinadora) em grandes eventos. Isso não prejudica os atletas?
Sim lamento que não haja uma cota para os treinadores acompanharem.
O Bruno foi para os jogos paralímpicos na China e esteve sem treinadora imenso tempo…
Mas o mais importante nesse caso, é que ele não foi acompanhado pela sua acompanhante de sempre (sua mulher, no caso) e isso eu considero muito importante para eles terem a estabilidade quando saem do campo. Existe uma treinadora/seleccionadora que se ocupa com os treinos e os jogos, como no futebol, mas aqui, como é um jogo individual, os atletas não têm o seu treinador habitual, ao contrário do atletismo no qual os treinadores acompanham os seus atletas.
Algo está errado. Não acha?
Sim acho que está mal e deveria ser alterado.
Pessoalmente, para além de treinadora o que faz profissionalmente?
Sou professora de educação física.
Numa escola normal?
Sim. Só me dedico a atletas especiais depois das aulas.
Nota: se desejar ouvir a entrevista pela rádio, deve sintonizar a Rádio Boavista