sábado, 18 de julho de 2009

LEIXÕES VENCE NA LOTARIA DAS GRANDES PENALIDADES



BOAVISTA FC 4 - LEIXÕES SC 4 (Após prolongamento)
4-5 (g-penalidades)


CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS
ÁRBITRO
Jaime Pimenta

BOAVISTA FC
JAQUELINE, ANA FÉLIX, CHU, FIGO (CAP), NANDA, ANA, JOANA, RITINHA, SANDRA, PAULA, LILIANA E TÉTÉ

LEIXÕES SC
LILIANA, DIANA, PATTY, VANESSA, MARLENE, KIKAS(CAP), MÁRCIA,MARTA, ADÍLIA, CARLA E ANDREA


Foi intenso, disputado e digno de uma final o jogo que colocou frente Leixões e Boavista, só resolvido para além da primeira série de grandes penalidades.

No final do tempo regulamentar registava-se um empate a duas bolas e no final do prolongamento novo empate agora a quatro. Nas grandes penalidades no final da série normal, empate a três e só depois, resolvido a favor das matosinhenses.

O terreno de jogo condicionou o encontro que ficou aquém daquilo que ambas equipais mostraram poder fazer. As diminutas dimensões do terreno impuseram as suas leis e cedo se apercebeu que o encontro seria de luta em vez de técnica, pois não existiam espaços para se jogar.

O Leixões apresentou um futebol de luta apostando claramente num jogo partido, alicerçado em duas defesas centrais e lá na frente duas pontas para tentar o golo. No meio e com uma missão de sapadoras as restantes jogadoras, sem grande intenção de construir, antes pelo contrário, que rematavam sempre que a oportunidade surgia.

O Boavista tentava jogar a bola de pé para pé, mas tal não conseguia. Com o passar do tempo a equipa adaptou-se ao jogo de luta mas perdendo o seu fio de jogo, porque a Figo não conseguia nem tempo, nem espaço para pensar o jogo, Nanda jogava atrás lutando no meio campo enquanto Ritinha via-se perdida na frente.

O jogo ficou incaracterístico e deu tempo para as centrais brilhar. Do lado boavisteiro Chu fez um jogo extraordinário nesse aspecto.

O Leixões abriu o activo por intermédio de Marlene num potente remate descaído para a esquerda à passagem dos vinte e cinco minutos, levando as Matosinhense em vantagem para o intervalo.

O Boavista percebeu que num jogo deste cariz era fundamental rematar de meia distancia e depois de ver uma bola bater na barra leixonense rematada por Joana, as panteras empatavam num remate de Nanda.

Aproveitando a repetição de um livre o Leixões voltou a obter vantagem com um míssil enviado por Carla.

Com apenas cinco minutos para jogar as panteras impuseram o seu jogo de raça tentando no tudo por tudo o empate. Tal aconteceu na conversão de uma grande penalidade a castigar corte com as mãos sobre o risco de golo. Porque não houve vermelho?

No prolongamento assistiu-se ao espectáculo da ponta de lança de Matosinhos. Senhor(a) de um grande poder de desmarcação aliado a um forte e fácil pontapé, Kikas é um(a) ponta de lança à maneira clássica, que não permite erros a ninguém.
Aos três e dez minutos deste período, após duas brilhantes desmarcações fez igual número de golos. O segundo uma verdadeira obra-prima pela mudança de pé e remate.

Tudo parecia decidido, mas foi puro engano, porque com o cansaço acumulado começavam a notar-se alguns espaços para jogar, onde finalmente o Boavista podia impor o seu melhor futebol.

A pressão era intensa e só dava Boavista, oLeixões recuava e Kikas era já uma defesa, libertando Chu para subir no terreno e as panteras impunham o seu domínio.

Numa jogada de sufoco as matosinhenses acabavam por fazer um auto-golo e cinco minutos depois num excelente desvio na área Joana empatava a partida.

Seguiu-se o desempate por grandes penalidades e só ao décimo terceiro se encontrou o vencedor.

A arbitragem teve o erro de não expulsar a defesa Matosinhense a quando do penalty e pecou (para os dois lados) em não impor uma distancia legal na marcação dos livres.
Parabéns a todas porque foi um grande jogo de futebol. A organização deverá encontrar um terreno maior para permitir que estas excelentes jogadoras mostrem o seu verdadeiro valor, que nos parece favoreceria o Boavista.

Excelente a moldura humana nas bancadas e o grande número de apoiantes do Boavista que eram em indiscutível maior número.