Beatriz Neto, é uma atleta da Ginástica Rítmica do Boavista à cerca de
cinco anos, sempre no Clube. Entrevistamos a jovem quando se dirigia para mais
um treino.
Como te chamas e que idade tens?
Chamo-me, Beatriz Neto e tenho onze anos, estudo na escola Garcia de
Resende, no sexto ano.
Praticas ginástica há quantos anos?
Iniciei-me aos seis anos e por isso pratico há cinco.
Como nasceu o gosto pela ginástica e não outra modalidade?
Eu, na altura, queria ir para o Futebol, mas como ainda era muito nova
para isso, o meu irmão falou-me de colegas que praticavam ginástica e eu acabei
por me interessar e vim para a Rítmica.
Qual o teu escalão, na Rítmica?
Sou juvenil.
Nesse escalão já treinas todos os aparelhos?
Só ainda não fiz, Maças nem Fita. Os restantes aparelhos, fazemos quando actuamos
nos conjuntos. Nós, na categoria Base, só fazemos dois aparelhos, enquanto na
primeira divisão fazem três aparelhos e um livre.
Qual o teu aparelho favorito e qual o que gostas menos?
Sinto-me bem na Bola e menos bem nas Cordas.
A nível de resultados, quais os mais significativos?
Acima de tudo, os resultados que mais importantes, foram conseguidos
nos conjuntos. Já tive um terceiro lugar nos nacionais de conjuntos, quando era
infantil. A nível de Infantis, também em conjuntos, conquistei todos os títulos
regionais, em que participei. Este ano, a nível individual fiquei em terceiro
lugar nos distritais e no ano passado em oitavo, entre sessenta e duas
ginastas.
Quem são as tuas treinadoras?
São a Teresa Morgado, a Amanda Batista e a Joana Delgado.
Preparada para a mudança que a alteração de escalão vai impor?
Confesso que não me sinto muito bem a pensar que terei que fazer Fita
e Maças, porque me sinto menos á vontade.
Mas com treino tudo se consegue. Tens medo?
Não. Medo não tenho e concordo que com o treino até poderei vir a
mudar de opinião. Vamos esperar.
O que significa para ti representar o Boavista, nas competições
oficiais?
É sempre um grande orgulho, porque o Boavista costuma ficar sempre em
bons lugares classificativos e seja eu, ou outra colega, a conseguir ficar bem classificada,
quem fica sempre falado é o Boavista no seu conjunto de atletas.
A prática da ginástica impôs uma nova vivência com outras amigas e
realidade. Achas que isso foi positivo?
Ajudou em muitas coisa, a começar pelo aspecto físico, pelo à vontade
que adquiri e transportei para escola, conseguindo boas notas, porque
socialmente, me fez crescer mais depressa. Obrigou-me a organizar as minhas
coisas melhor e isso, também é positivo. O meu dia diminuiu e entre treinos e
estudos, tive que aprender a organizar a minha actividade pessoal.
Mas esta actividade acaba por cansar…
Por vezes, vou para escola com algum sono, porque me levanto cedo e
deito tarde, logo quando tenho mais tempo, tenho equilibrar esse descanso.
Cansa, mas dá prazer e é essa a força que tenho para continuar sempre neste
ritmo.
Com te vêem as colegas da escola?
Com alguma admiração. Por vezes, pedem para eu exectuar alguns
movimentos e ficam admiradas por conseguir. Ainda, há uns dias, uma amiga daqui da ginástica
que estuda comigo - a Inês - pediu-me para fazer um movimento em frente à turma dela
e eu fiz bem, e os comentários foram muito bons.
Verifico que os teus sempre te acompanham. Esse facto não serve de
pressão sobre ti?
Eu vejo, esse apoio, como uma ajuda que sempre em deram e dão. Não são
um tipo de pais que me dizem faz assim, faz de outra forma, etc… quando vou
para provas e olho para as bancadas tento evitar olhar para eles, para me acalmar
um pouco, mas isso é culpa minha e não deles. Quero fazer melhor, para mim e sei
que logicamente eles ficam orgulhosos com isso.
Tens pais orgulhosos em ti?
Penso que sim!