Terminado o
encontro entrevistamos o técnico da equipa do Contacto, Carlos Araújo, para
sabermos o seu comentário sobre a vitória sobre o Boavista (ouviremos o técnico
axadrezado, amanhã) mas prolongamos a conversa com a finalidade de conhecer a
realidade do clube de Cabeceiras de Basto.
Como viu
este jogo meio louco?
Foi um jogo
muito emocionante e complicado, como esperávamos, porque o Boavista é uma das
melhores equipas do nosso campeonato, mas nós, apesar dos maus resultados, temos
feito bons jogos, onde nos tem faltado uma pontinha de sorte e hoje apostamos e
procuramos a sorte.
Este jogo,
foi quase uma cópia da primeira mão…
Exactamente,
mas agora a pender para o nosso lado.
Este tipo de
jogos, é a alegria do povo, mas não são a tortura do treinador?
São estes
jogos que chamam o público ao pavilhão.
Mas os
treinadores, não gostam…
Eu, por
acaso, gosto destes jogos. Gosto de jogar num pavilhão em que sinta o público e
não num pavilhão deserto. Eu gosto de vibrar com isto. claro que sem o público,
podemos jogar mais calmos e mais certinhos, mas este ambiente é empolgante para
todos.
Comos está o
Contacto no campeonato?
Estavas em
último lugar, dada a desistência do Covão de Lobo. O nossos primeiro objectivo,
era ficar nos quatro primeiros lugares e actualmente estamos a dois pontos da
académica de Coimbra. O Campeonato é curto. Temos feito bons jogos, ainda na
semana passada perdemos no último segundo.
Vamos falar
um pouco do seu Clube.
Que clube é
o Contacto?
É exclusivamente
um clube de futsal. Tudo começou numa associação de amigos que tinha uma equipa
de futsal, há cerca de doze anos. Na nossa história temos dois títulos de
seniores da AF Braga e subimos à terceira divisão nacional. No ano, que acabou
a terceira divisão acabamos por descer, mas actualmente estamos a disputar a
segunda divisão nacional no seu novo formato.
Que escalões
têm?
Temos todos
os escalões e somos o clube da AF de Braga com mais jogadores inscritos em
todos os escalões. Temos jogadores desde os três anos até jogadores de quarenta
anos.
Todos de
Cabeceiras?
Sim todos os
nossos jogadores são da nossa terra. Nós não temos posses para ir buscar jogadores
de fora e por isso, os que chegam treinam e jogam. Temos a desvantagem de não podermos
conseguir alguma mais-valia de fora, mas a vantagem de termos o apoio do povo
da terra que vem ver os seus familiares e assim, todos os nossos jovens sabem
que aqui podem jogar futsal.
Uma forma
diferente de ver?
Uma mística que
se cria e nós gostamos. Criamos uma mística própria.
Como conseguem
superar este semi-interiorismo, com tantas deslocações a que isso obriga?
Com a ajuda
da Câmara Municipal, principalmente nesta equipa e nos seniores. Estas equipas
estão nos nacionais onde as deslocações são mais complicadas. Nos outros escalões
como são no nosso distrito de Braga, utilizamos as nossas carrinhas e carros.
Em que
aspecto colabora a Câmara, nos transportes. Parcial ou totalmente?
A Câmara
paga a totalidade do transporte. Fornece um autocarro ou uma carinha de vinte
lugares que acaba por ser, um mini-autocarro.
Têm este
excelente pavilhão. Da Câmara?
Sim é
municipal, mas está-nos cedido e já não chega para treinar todas as nossas
equipas. Temos ali outro pavilhão e destribuimos as equipas pelos dois.
Quantos pavilhões,
tem Cabeceiras?
Tem três. Eu
sei que vocês têm problemas com os pavilhões no Porto, por isso, estão
convidados para jogar a segunda fase aqui.
Uma diferença
abismal entre as duas realidades…
Sim para além
de aqui o público ter melhores condições que no Porto. Os nosso espectadores queixaram-se
das condições que viram no Porto.
Quantos treinadores
têm?
Cada escalão
tem o seu treinador.
A luta
continua?
Sim para o
próximo sábado vamos tentar ganhar ao Caxinas.
Nota do editor:
Para meditar...