segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

FUTSAL (SUB 20) - CARLOS ARAÚJO COMENTA VITÓRIA E ... NÃO SÓ

Terminado o encontro entrevistamos o técnico da equipa do Contacto, Carlos Araújo, para sabermos o seu comentário sobre a vitória sobre o Boavista (ouviremos o técnico axadrezado, amanhã) mas prolongamos a conversa com a finalidade de conhecer a realidade do clube de Cabeceiras de Basto.
 Como viu este jogo meio louco?

Foi um jogo muito emocionante e complicado, como esperávamos, porque o Boavista é uma das melhores equipas do nosso campeonato, mas nós, apesar dos maus resultados, temos feito bons jogos, onde nos tem faltado uma pontinha de sorte e hoje apostamos e procuramos a sorte.

Este jogo, foi quase uma cópia da primeira mão…
Exactamente, mas agora a pender para o nosso lado.

Este tipo de jogos, é a alegria do povo, mas não são a tortura do treinador?
São estes jogos que chamam o público ao pavilhão.
Mas os treinadores, não gostam…
Eu, por acaso, gosto destes jogos. Gosto de jogar num pavilhão em que sinta o público e não num pavilhão deserto. Eu gosto de vibrar com isto. claro que sem o público, podemos jogar mais calmos e mais certinhos, mas este ambiente é empolgante para todos.

Comos está o Contacto no campeonato?
Estavas em último lugar, dada a desistência do Covão de Lobo. O nossos primeiro objectivo, era ficar nos quatro primeiros lugares e actualmente estamos a dois pontos da académica de Coimbra. O Campeonato é curto. Temos feito bons jogos, ainda na semana passada perdemos no último segundo.

Vamos falar um pouco do seu Clube.
Que clube é o Contacto?
É exclusivamente um clube de futsal. Tudo começou numa associação de amigos que tinha uma equipa de futsal, há cerca de doze anos. Na nossa história temos dois títulos de seniores da AF Braga e subimos à terceira divisão nacional. No ano, que acabou a terceira divisão acabamos por descer, mas actualmente estamos a disputar a segunda divisão nacional no seu novo formato.

Que escalões têm?
Temos todos os escalões e somos o clube da AF de Braga com mais jogadores inscritos em todos os escalões. Temos jogadores desde os três anos até jogadores de quarenta anos.

Todos de Cabeceiras?
Sim todos os nossos jogadores são da nossa terra. Nós não temos posses para ir buscar jogadores de fora e por isso, os que chegam treinam e jogam. Temos a desvantagem de não podermos conseguir alguma mais-valia de fora, mas a vantagem de termos o apoio do povo da terra que vem ver os seus familiares e assim, todos os nossos jovens sabem que aqui podem jogar futsal.

Uma forma diferente de ver?
Uma mística que se cria e nós gostamos. Criamos uma mística própria.

Como conseguem superar este semi-interiorismo, com tantas deslocações a que isso obriga?
Com a ajuda da Câmara Municipal, principalmente nesta equipa e nos seniores. Estas equipas estão nos nacionais onde as deslocações são mais complicadas. Nos outros escalões como são no nosso distrito de Braga, utilizamos as nossas carrinhas e carros.

Em que aspecto colabora a Câmara, nos transportes. Parcial ou totalmente?
A Câmara paga a totalidade do transporte. Fornece um autocarro ou uma carinha de vinte lugares que acaba por ser, um mini-autocarro.

Têm este excelente pavilhão. Da Câmara?
Sim é municipal, mas está-nos cedido e já não chega para treinar todas as nossas equipas. Temos ali outro pavilhão e destribuimos as equipas pelos dois.

Quantos pavilhões, tem Cabeceiras?
Tem três. Eu sei que vocês têm problemas com os pavilhões no Porto, por isso, estão convidados para jogar a segunda fase aqui.

Uma diferença abismal entre as duas realidades…
Sim para além de aqui o público ter melhores condições que no Porto. Os nosso espectadores queixaram-se das condições que viram no Porto.

Quantos treinadores têm?
Cada escalão tem o seu treinador.

A luta continua?

Sim para o próximo sábado vamos tentar ganhar ao Caxinas.

Nota do editor:
Para meditar...