segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

FUTSAL (SUB 20) - BOAVISTA CEDE EM CABECEIRAS, NUM JOGO DE LOUCOS

CONTACTO FUTSAL 5 – BOAVISTA FC 4
(1-1)
PAVILHÃO
Desportivo de Cabeceiras de Bastos




ÁRBITROS

Vitor Costa, Nuno Oliveira da AF Aveiro





CONTACTO FUTSAL


Pedro, Tevez, Zé Nuno, Nuno e Oliveira
Banco
Lucas, Gato, Leandro, Toni, Madanços, Tomé e Costa
Treinador
Carlos Araújo

BOAVISTA FC


Gonçalo, Kingwell, Latino, Zé e Alheira
Banco
Leonel, Torres, Amorim, Baltar, Saraiva e Bébe
Treinador
João Marques

DISCIPLINA

Contacto – Tevez (7),Nuno (11), Oliveira (22), Leandro (31), Gato (36)
Boavista – Latino (7), Bébe (10), Sraiva (33)


MARCHA DO MARCADOR







1-0 Nuno 5
1-1 Amorim 8
1-2 Ze 22
2-2 Tevez 30
3-2 Nuno 34
4-2 Oliveira 35
4-3 Zé 36
4-4 Bébe 37
4-5 Gato 39



Este jogo, acabou por ser, tecnicamente, uma repetição do jogo disputado por estas equipas na primeira volta, excepto no vencedor. 
Quando se joga o jogo pelo jogo, quando todos os jogadores  se entregam de corpo e alma, o espetáculo para os espectadores é emocionante e para os técnicos (quase) arrepiante e o resultado fica sujeito a pequenos pormenores.

Foi o que aconteceu em Cabeceiras de Basto, com nove golos repartidos, num jogo, sem um momento de descanso.

Não surpreendeu ninguém a forma como os locais se entregaram e entraram no jogo. Poder de choque velocidade nas transições, muitas delas feitas individualmente, impondo um sistema em que tudo se executa, mesmo antes de se analisar o que fazer.  

Ao Boavista, cumpria a missão de contrariar esta forma de jogar futsal do Contacto e impor o seu jogo mais repousado, mas tal, não aconteceu.

Não admirou que os locas abrissem o activo na passagem dos cinco minutos, quando Nuno ao segundo poste, empurrou a bola dada do lado contrário por um companheiro. O Boavista, viria a empatar três minutos depois, por intermédio de Amorim numa jogada na área de grande recorte técnico.

Jogou, bem, o treinador axadrezado ao impor um sistema de 1/2/1 um jogador fixo, ladeado por dois alas, a meio campo e um pivot ofensivo. 

O Contacto era obrigado a cobrir todo o terreno de jogo e a partida passou a ser mais controlada e mais calma. Nesta fase, de domínio Boavisteiro, apenas faltaram os golos, porque os “panteras” preferiam jogar bonito, ao invés de rematar…

Duas partes distintas, marcaram o segundo tempo. Logo no reatamento e na transformação de um livre, Zé viarava o marcador, com um remate de meia distancia. O mesmo jogador repetiria um “míssil” agora em jogada corrida que terminou no ferro da baliza da equipa da cas. O Boavista, controlava (mas não matava o jogo) e tudo parecia entrar na normalidade…

Puro engano. Os jovens de Cabeceiras, subiram no terreno pressionando “loucamente” o portador da bola impondo um ritmo de jogo louco e dando “jus” ao seu nome… não evitando qualquer contacto, sem medo de serem sancionados disciplinarmente.

Aos trinta minutos, Nuno, fuzilou a baliza axadrezada restabelecendo o empate e o jogo incendiou, com a colaboração do Boavista, que respondeu a corridas, com corridas. 

Mas, de correr, gostam os jovens de Cabeceiras e num ápice, chegaram aos quatro a dois, com golos de Nuno aos trinta e quatro (mais um míssil) e Oliveira um minuto depois, ao concluir uma diagonal.

O entusiasmo era total, com as bancadas a cantar. O Boavista, reagiu e nos dois minutos seguintes, empatou com um míssil de zé e uma grande jogada individual de Bébe.

Faltavam três minutos para o final, os atletas do Contacto, sentiram o toque e de certo modo acalmaram um pouco e foi a hora de aparecer o seu guarda-redes que passou a defender tudo e mais alguma coisa.

O Boavista, teve oportunidades para liquidar o jogo, mas nãos as converteu. O Contacto, recuado que estava, conseguia aproveitar espaços livres… para voltar às corridas.
Poderia o Boavista, aceitar o empate e acalmar o jogo com posse de bola, mas não o fez aceitou, isso sim, este jogo de liberdade táctica.

No último minuto cada equipa teve duas oportunidades para marcar e quando tudo parecia ter ficado empatado, Gato, fez a última corrida e junto à lateral envia o último míssil que acaba por entrar junto ao angulo superior. Foi o delírio no pavilhão.

Dois (grandes) pormenores.
Enorme, respeito dentro e fora do campo. Nunca tínhamos assistido a um jogo, que das bancadas muito bem compostas, não se ouvia uma obscenidade, nem uma ofensa aos adversários ou árbitros. Exemplar! 
Afinal, é possível disputar-se um encontro de futsal, sem ofender ninguém.


O outro pormenor. Os árbitros estiveram sempre bem e calmos, dirigindo um jogo no “céu da correção” endo, apenas… correr muito.