BOAVISTA FC 8 - SC BRAGA 4
(3/1)
Mais que um jogo, era uma final. O empate servia as
aspirações do Boavista e o Braga teria que forçosamente ganhar. Quem conhecia
as equipas, antevia um jogo com muitos golos e foi o que aconteceu. O jogo teve
um inicio e final dignos da importância que se revestia.
Cada equipa, teria o seu plano de jogo, sendo que ninguém apostava
no empate que em futsal, pode acontecer (raramente) mas nunca, em tal resultado,
se pode apostar. Mas todos os planos, (congeminados, durante a semana) foram por água-abaixo, com a forma como o
prélio se iniciou.
Na primeira jogada, o Braga marcou! O relógio marcava 25
segundos de jogo.
Se os axadrezados, tremeram ou não, nunca se ficou a saber,
pois mais 30 segundos e o Boavista empatava, por intermédio de Diogo Amorim.
Com um minuto de jogo, tudo voltava ao início, ou quase…
embalado pelo golo, o Boavista, teve um período de ataque constante, que lhe valeu
a vantagem aos três minutos e trinta, por intermédio de Zé.
Início de loucos!
Foi tempo de acalmar e facilmente se verificou que o
Boavista apostava em “esperar” pelo seu adversário na entrada do seu meio
campo, pressionando os armadores de jogo, bracarenses, apenas com um elemento
na sua frente de ataque, que mais que pressionar, apostava em cortar linhas de passe,
para (não) se organizarem os ataques dos arcebispos.
O Braga, nunca se entendeu com este jogo, ou nunca se
conseguiu libertar do mesmo. Os jogadores axadrezados, saiam em transições
muito rápidas e colocavam em perigo as redes contrárias. Era um controle total,
dos panteras, no encontro, culminado com mais um golo, numa das diversas
oportunidades que conseguiam, desta vez, o marcador foi Rick.
O técnico bracarense, apostou em jogar no sistema de
três/um, colocando Rui Couto, na posição de pivot. O Boavista, passou a sentir dificuldades
e foi involuntariamente “entrando” no jogo do Braga, perdendo o controle do encontro.
Foi a hora de aparecer em jogo um dos heróis da tarde… o guardião
axadrezado, Leonel, de seu nome, que defendeu muito e bem, conservando o
resultado. Não demorou a reagir o treinador do Boavista, ao pedir um tempo
técnico, para “acalmar” e fazer descansar um pouco os seus atletas. Foi crucial,
esse pedido, pois até final do primeiro tempo, o Boavista recuperou a
supremacia no jogo.
O segundo tempo, divide-se em duas partes completamente
distintas. Nos primeiros oito minutos, tudo voltou ao seu início, com o domínio
do Boavista que viria a aumentar para quatro a um, por Pedro. O Braga, não se
rendeu e já com o jogo mais partido e menos controlado, viria reduzir, marcando
o seu segundo golo. De novo, o Boavista, respondeu e marcou, um minuto depois,
por João Amorim, que em seguida abriria o livro, para uma tarde fantástica.
A doze minutos do final, o treinador Bracarense faz adiantar
o guarda-redes volante e “parte” definitivamente o jogo. Com na maior partes
das vezes acontece… nada se altera. O Braga viria a marcar dois golos e sofrer…
três. João Amorim, Zé e Octávio, acabaram com todas as hipóteses do Braga.
De registar que nesta fase “louca” do jogo – era assim que o
Braga, queria jogar desde início – brilhou toda a equipa do Boavista, lutando,
umas vezes, outras atacando com inteligência e defendendo (nem sempre bem) mas
dois jogadores se evidenciaram. Leonel na baliza do Boavista, defendia tudo o
que tinha defesa, assegurando aos companheiros, que quem mandava era ele. Foi espectacular
o guardião axadrezado.
Na frente, João Amorim, partia tudo o que lhe passava pela
frente, com três remates ao poste, um deles de calcanhar rematando no ar. Se este
jovem, passar a defender…irá ser um grande jogador de futsal.
A parte final do encontro foi idêntica ao seu inicio com o
Boavista a rematar e ver cinco bolas na madeira da baliza contrária, mas a
conseguir dois golos.
Grande tarde dos jogadores do Boavista, no melhor jogo a que
assistimos nesta fase. Num ambiente terrível, com o pavilhão completamente
esgotado os árbitros, estiveram bem.
O NEGATIVO DO JOGO
A reacção, desajustada e sem qualquer razão com ameaças aos espectadores
bracarenses. Felizmente, que o bom senso prevaleceu e passada essa fase no
início do jogo, tudo ficou calmo, nas bancadas.
O POSITIVO
A forma entusiástica, com o que o público axadrezado apoiou
de início ao fim a equipa do Boavista, cantando, dançando e sem com grande compostura
física. Assim… sim!
PRESIDENTE PRESENTE
Uma vez mais, o Senhor Presidente do Boavista, Dr João Loureiro,marcou
presença no jogo. Acabando por assistir ao jogo junto ao terreno de jogo, por
decisão da equipa de arbitragem, dado ser impossível, conseguir um lugar na
bancada.
No final do encontro, o Vice-presidente das Amadoras,
Engenheiro António Marques, foi cumprimentar os jogadores axadrezados, como,
habitualmente faz em todos os jogos.