sexta-feira, 6 de julho de 2012

A RESPEITO DE... AS ALTERAÇÕES NAS AMADORAS

Com a passagem dos primeiros dias de actuação da nova Direcção, começam a conhecer-se os pontos básicos do programa pré-estabelecido para a gestão da vida do Boavista Futebol Clube.
Fiel, como quero continuar a ser, irei manter este Blog exclusivamente dedicado às (denominadas) Actividades Amadoras do Boavista. No entanto, manterei simultâneamente o meu direito a publicitar a minha opinião, sobre as alterações na vida do Clube, que directa ou indirectamente, acabarão por influenciar a actividade das citadas Amadoras.
Posso informar, que a nível da continuação (ou forma como irá continuar) este Blog, que relembro - nasceu com o objectivo de ser o Blog oficial das Amadoras e, só assim não continuou… porque alguns ex-dirigentes, viram no mesmo, um “fantasma” que nunca existiu – para estabelecer as normas de colaboração no futuro, tenho agendada uma reunião com o actual vice-presidente das Amadoras, Senhor José Santos, para a próxima semana.
Sobre este ponto, informarei oportunamente todos os fiéis leitores do Amadoras.
Hoje, quero analisar alguns pontos que considero importantes e mesmo fundamentais para o futuro.
Estão, oficialmente determinadas, pela Direcção, e já colocadas em prática algumas alterações sobre a vida  e futuro das Modalidades do Boavista Futebol Clube. Por exemplo, o futebol feminino e o futsal, deixarão de ser geridos pelo vice-presidente das Amadoras, passando para a responsabilidade do vice-presidente para o futebol não profissional (?) senhor Telmo Lopes.
Aceito, essa decisão. Mas discordo na sua essência!
Se quanto ao futebol feminino, as alterações impostas possam ter um,a lógica mais elementar, já o futsal está (em minha opinião) completamente desenquadrado. Nenhum clube – de emblema – que tenha em simultâneo, futebol de onze e futsal, uniram as duas modalidades no mesmo sector. São duas realidades completamente diferentes. Uma modalidade de pavilhão, outra de exterior.
Benfica, Sporting, Rio Ave, Braga, Belenenses, Académica, etc… incluem na sua estrutura organizativa, o futsal, como modalidade amadora. A própria FPF que cometeu o erro de “misturar” as duas realidades,  iniciou um processo para alterar a sua anterior perspectiva, por ter “descoberto” essa diferença entre elas, ao formar (finalmente) um sector autónomo para o futsal, separando as águas.
Sinceramente, não vejo vantagens pela decisão da Direcção, ao unir o futsal ao futebol e vejo (pelo conhecimento que tenho do mundo das amadoras do Boavista) várias desvantagens.
Telmo Lopes, terá todo um vasto campo para se dedicar e gerir, no que dirá respeito ao futebol, não tendo muito tempo, para se dedicar ao futsal.
Depois, existem vários assuntos em comum entre as modalidades amadoras, que devem (sempre foram) discutidas em simultâneo. Estou a referir-me, principalmente, ao aluguer de pavilhões para treinos. Os espaços, os tempos de utilização, sempre foram distribuídos (quase) equitativamente entre todas as modalidades, em reunião conjunta, presidida pelo vice-presidente das amadoras.
Como serão distribuídos os tempos?
Quem pagará as despesas?
Quem garantirá a igualdade de tratamentos entre todos os sectores?
São pontos-chave, para uma sã convivência entre as Amadoras e garantia de uma colaboração entre todos. Com dois sectores do Clube, interessados no mesmo assunto, acontecerá inevitavelmente, um conflito de interesses e consequentemente a odiosa comparação. Será o princípio, da suspeição de apoios e benefícios, superiores para uns em desvantagem para outros!
Pode parecer – nesta altura – um caso de somenos importância. Mas não o é! E quem assim pensar, vive alheio à realidade da (leal) concorrência interna das modalidades axadrezadas. Em casa que não há pão… todas as “migalhas” são importantes e logo, razão suficiente para destabilização, sempre nefasta.
Li a entrevista que o Senhor Presidente, deu ao site oficial do Clube. Nessa entrevista, foi citado, um ponto, que neste momento, coloca em equação a continuidade e futuro das amadoras.
A autonomia total das modalidades!
Com todo o respeito, Senhor Presidente, essa realidade só será possível e viável, se à autonomia, se juntarem valores monetários mínimos, para a sobrevivência (digo, sobrevivência) das modalidades. Sem esse valor mínimo, o projecto de autonomia… cai por base!
Pedir (obrigar) que cada modalidade consiga patrocínios próprios para enfrentar a sua existência, é neste período que atravessamos, uma verdadeira Utopia.
Todos sabemos que ninguém vai conseguir… valor algum. Nem o futebol o tem conseguido!
As únicas receitas que as modalidades conseguem, são fruto da cotização sobre os seus atletas de formação, que são manifestamente curtas e insuficientes para as despesas de uma época desportiva.
Quem pagará as inscrições?
Quem pagará as rendas dos pavilhões?
Quem pagará os transportes para as deslocações para os jogos?
Estas, são as questões básicas que se têm que resolver! Só a Direcção do Boavista as pode e (deve solucionar) caso contrário, voltamos à questão que sempre coloquei.
Onde começa e termina o Boavista Futebol Clube?
Onde começa e termina a SAD do futebol do Boavista FC?
As receitas do clube, devem ser aplicadas nas despesas do Boavista.
É necessário ter a coragem e impor aos associados a ideia de separar a  SAD do Clube. Cada uma das Instituições, terá que conseguir as suas receitas e viver exclusivamente destas. Se apostarmos indefinidamente, em não esclarecer e separar, as duas realidades, acabaremos por nunca solucionar, problema algum!
O Boavista FC – a nível de amadoras – tem vivido, com a “colaboração” da portolazer…
Mas, como “pessoa de bem” o Boavista precisa de assegurar o seu “bom nome” e não correr os riscos, que efectivamente tem corrido, de ver os seus tempos de pavilhão, ocupados por outros (menores) clubes.
Facilmente, as pessoas do Boavista, entendem ao que me refiro.
Estarei atento, ao desenrolar desta situação.
Este meu comentário crítico (pela positiva) tem por objectivo, questionar esta situação e conseguir uma base para a realização de uma reunião conjunta entre todos os interessados, na qual se debatam os pontos, que serão os alicerces para mais uma época (difícil) desportiva.
Espero, que me tenha expressado com clareza suficiente, para ser interpretado pela positiva. Caso contrário, lamentarei quem assim, não o entender, mas julgo saber, que esta (é) será uma Direcção, sem medo de fantasmas e aberta a estudar as ideias/proposta de todos os Boavisteiros.
Só assim, conseguirá obter o êxito que anseia e procura.
A recuperação e credibilidade do Boavista Futebol Clube!
Manuel Pina Ferreira