NUM JOGO ESCURO AO QUAL, NEM FALTOU UM APAGÃO!
BOAVISTA FC 2 – MODICUS 3
(ao intervalo 1-2)
Pavilhão do GD Viso
ÁRBITROS:
LUÍS GRAÇA (AF BRAGA) e ALFREDO ANDRÉ (AF AVEIRO)
BUFFON, RICARDO SANOS, IVAN, FÁBIO e EDIVALDO
Jogaram ainda;
NUNO, MILSON,SÁ PINTO,PEDRO e MIGUEL ÂNGELO
SANDRO, GABRIEL, NANDINHO, ISRAEL e EMERSON
Jogaram ainda;
FREDY, RICARDO FERREIRA, FORMIGA e LUÍS MIGUEL
DISCIPLINA
AMARELOS:
Boavista;
EDIVALDO (6), MILSON (11), SÁ PINTO (18)
Modicus:
RICARDO FERREIRA (12), NANDINHO (25), GABRIEL (27), TASAKA (37)
VERMELHO:
EDIVALDO (35)
Iniciamos esta crónica pela parte – que a ser mencionada- deveria ser a última, mas que lamentavelmente, tem que ser a primeira. Começamos por esta parte, porque ela escureceu um jogo que se mostrou correcto, disputado, leal e logo… claro. Falamos obviamente da arbitragem! Que – como o jogo – foi dividida em dois. Dois árbitros de duas associações, duas formas de conduzir o jogo. O principal de Aveiro, a dirigir normalmente o encontro, o outro de Braga a ser o protagonista de todas as decisões. O segundo a impor-se ao primeiro e lamentavelmente, sempre mal!
Vamos referir (só) alguns pontos, que se não tiveram interferência no resultado (não se pode provar) interferiram claramente no jogo! Brevemente apresentaremos o vídeo sobre o jogo, que comprovarão os pontos que vamos referir.
Aos onze minutos, o senhor Graça, não sancionou uma falta sobre Milson (impossível de não ser vista) agravando o seu erro com a exibição de uma cartão amarelo ao jogador axadrezado.
No minuto seguinte, Ricardo Ferreira derrubou por trás um adversário que se isolaria para a baliza na entrada da área Gaiense. O Senhor Graça, marcou a falta e mostrou… cartão Amarelo! ao Ricardo.
Para terminar a sua (excelente… para quem?) actuação o Senhor Graça, ao minuto trinta e cinco, ainda com o resultado em dois a um, viu Nandinho perder a bola e no chão, derrubar por trás, o adversário directo, que ia criar uma situação de dois boavisteiros isolados para Sandro. Marcou a falta e mostrou cartão amarelo… quando afinal se pode ver um Vermelho?
Quando se bate com a mão na bola – como Edivaldo – e se sofre penalty ? Bem marcado este, contra o Boavista, mas porque é que o seu olhar de felino, não viu igual situação (anterior) na área do Modicus?
Muito já escrevi sobre a arbitragem (contra o meu hábito) mas só mais um pormenor. Quem nomeia os árbitros, é o grande culpado desta situação, pois nomear um árbitro de Braga, para um jogo extraordinariamente importante para o … Braga. É no mínimo falta de atenção, ou algo mais? À mulher de César não basta ser séria… e o Senhor Graça estava (sempre) sujeito a más interpretações, neste jogo.
Lamentavelmente, ele acabou com todas as dúvidas e tornou muito negro um jogo de futsal. Falta de categoria (que é grave) ou muito mais que isso (que é gravíssimo)?
Mas também houve jogo! Vamos a ele.
Dividido em duas partes. A primeira parte em que o Modicus foi claramente superior! O Boavista entrou mais encolhido - talvez esperando, essa postura , por parte do Modicus, sabendo que Rui Pereira, prefere esse sistema – por uma razão, ou outra, o Modicus jogou subido no terreno e as suas constante variações ofensivas confundiram defensivamente o Boavista.
Os gaienses tiveram várias oportunidades de golo, enquanto os axadrezados também as tiveram mas em muito menor número. O primeiro golo, apareceu aos onze minutos numa jogada invulgar. Numa transição ofensiva boavisteira, Sandro saiu da sua área e de cabeça corou o lance, a bola foi caprichosamente cair aos pés de Formiga que com técnica fez o golo.
De imediato o jogou “escureceu” pois a senhor Graça abriu o livro – já mencionamos anteriormente – e perdoou a primeira expulsão ao Modicus. Aos dezassete miuntos, Nandinho fazia o dois a zero para o Modicus num remate central de depois de se ter posicionado favoravelmente.
Numa jogada confusão na área Gaiense, Edivaldo conseguia através de alguns ressaltos fazer o primeiro para o Boavista, reduzindo a desvantagem. A um minuto do fim do primeiro tempo, a luz eléctrica faltou ! (soubemos posteriormente, que foi uma falha em toda a zona do Porto, por motivos do mau tempo). O jogo escuro, teve um apagão natural.
Depois de mais vinte minutos à espera da iluminação o jogo continuou até ao intervalo, com oitenta por cento da sua luz, começava a fase mais escura.
A segunda parte, tem uma história simples de contar, tal foi o domínio do Boavista. Neste período os axadrezados chegaram a massacrar o seu adversário, mas não conseguiam – muitas vezes por culpa própria – marcar e igualar a partida. Nas vezes que a sorte lhe poderia bafejar, o Senhor Graça – colocava as coisas no seu (dele) lugar – expulsão por fazer a Nandinho, penalty por marcar a favor do Boavista e outros pormenores.
A Boavista pressionava na frente de ataque e o Modicus perdia bolas sistematicamente, o que originou um jogo de sentido único. Contrariando este domínio axadrezado, o Modicus fez duas jogadas no ataque. Uma (talvez a mais bonita do jogo) que se iniciou em Sandro, servindo Formiga, que após um chapéu passou a Gabi que num remate fulminante fez brilhar Buffon. Na outra jogada, após uma confusão na área axadrezada, Edivaldo comete penalty e o Modicus faz o terceiro golo. Reagiu o Boavista e com o guarda-redes adiantado, diminuiu aos trinta e nove minutos, por intermédio de Nuno.
Faltava um minuto, mas o Boavista quase atingiu o empate, na última jogada quando Sandro caiu em cima da bola, ficando sentado em cima da bola… em cima da linha de golo.
Por pouco, não acabava num resultado mais justo e claro, num jogo que foi muito escuro.
Uma grande segunda parte do Boavista, mais azedou o sabor deste injusto resultado, contra uma equipa que éem nossa opinião a terceira melhor do nosso campeonato. Poderia, pelo menos, ter terminado empatado um jogo que claramente, o Senhor Graça escureceu, confundiu e (muito) interferiu.
OPINIÃO DOS TREINADORES
Paulo Faria
O treinador axadrezado, pediu para não falar… dizendo somente;
O que posso falar deste jogo? Teria que falar da arbitragem. Teria que de dizer algumas verdades e seria castigado, por certo e o prejuízo seria ainda maior. Que posso eu dizer?
Nada (digo eu) por isso escrevi muito no princípio da crónica.
Rui Pereira
Foi um jogo com duas partes. Grande domínio nosso na primeira parte e domínio do Boavista na segunda. A paragem por falta de luz, partiu o jogo. Fisicamente os jogadores pararam e nunca mais ficaram bem. Pedi-lhes para fazerem alongamentos, mas não resultou. Depois de vinte minutos parados, jogamos um minuto e depois foi o intervalo, maís dez minutos parados, isso partiu o jogo.
Crónica de Manuel Pina |