Catarina Liz, é um dos reforços desta época do Boavista. Tentou colocar o seu curso de medicina à frente do Voleibol, mas o Volei bol, venceu e a futura Doutora, voltou à modalidade, vivendo em conjunto os seus dois amores. O estudo e jogo. A adrenalina da competição foi mais forte que o “sossego” para os estudos..
Onde começou no Voleibol?
Comecei com doze anos no Boavista. Fiz a formação toda no clube e já como sénior fui para o Gueifães, onde joguei durante três anos.
E regressou ao xadrez. Como e porquê?
Por vários motivos. Um dos quais, os estudos já não me permitiam um ritmo de treinos e jogos com até então e decidi fazer uma paragem. Posteriormente o treinador (Paulo Pardalejo) falou comigo tentando-me para regressar ao Voleibol e ao Boavista. Analisei e considerei que fazia todo o sentido o regresso… e aqui estou. Para regressar teria que ser no clube que me formei.
Qual o curso?
Estou em medicina.
Quase doutora?
Estou no quinto ano, num curso de seis anos (sorriu, modestamente, mas com orgulho).
Como está a correr a época?
Está a correr como esperávamos, estamos no primeiro lugar, por isso, está a correr bem. Temos um grupo forte e unido. Em princípio, iremos terminar em primeiro classificado esta fase. Considero que temos condições para terminar num bom lugar no final do campeonato.
O Paulo, aposta na subida de divisão. Qual a sua opinião sobre este desejo do treinador?
Vai ser preciso trabalhar muito, porque ainda há muito caminho para percorrer e as outras equipas também têm muito valor. No entanto, acho que temos valor suficiente para ganhar este campeonato e assim subir de divisão.
A zona Norte está decidida, o que espera das equipas do sul?
Neste momento, desconhecemos o seu valor e como se encontra a nível de forma. No Sul também haverá equipas fortes. E as do Norte, talvez com mais ritmo competitivo serão ainda adversários candidatos na luta.
Uma jovem que quer tirar um curso e se mantem em competição tem que ter grande paixão, pelo Voleibol. Concorda?
Sim, é necessário mesmo uma grande vontade. Mais que uma vontade é preciso ter mesmo paixão.
Nunca lhe deu vontade de parar?
Este ano resolvi parar e dedicar-me somente aos estudos. Parei em Setembro e nem fiz a pré-época. Todos os dias ia para o ginásio, mas não era a mesma coisa, ao fim do dia sentia que faltava alguma coisa…
O treinador aproveitou?
Sim, foi isso.
Faltava-lhe esta pressão dos treinos e jogos?
É verdade (riu-se).
O plantel?
Considero-o equilibrado e suficiente para os objectivos. Tudo vai passar pelas lesões que sempre acontecem durante uma época, mas considero suficiente para conquistar-mos o título.
Como foi recebida?
Foi fácil.
Impôs-se ou elas aceitaram-na?
Foi fácil. O grupo é bom. Foi fácil.
