EMPATE COM SABOR AMARGO!
QUEM NÃO CONCRETIZA... NÃO PODE GANHAR
GS LOURES 4 – BOAVISTA FC 4
Ao intervalo (2-1)
Pavilhão Paz e Amizade em Loures
CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS
ÁRBITROS:
Ruben Guerreiro e Rui Pinto AF AlgarveGS LOURES
ANDRÉ, DÁRIO, SERGINHO, DAVID E PAQUETEJogaram ainda;
MINGO, LUMBU, MAJOR, SIDNEY e FILIPE
Jogaram ainda;
MACIEIRA, NUNO, FÁBIO, ORLANDO, SÁ PINTO e TEIXEIRA
DISCIPLINA
Nada a assinalarMARCHA DO MARCADOR
1-0 PAQUETE (7)
1-1 FÁBIO (10)
2-1 MAJOR (19)
2-2 SÁ PINTO (23)
3-2 DAVID (29)
3-3 IVAN (30)
4-3 PAQUETE (38)
4-4 RICARDO SANTOS
A definição do futuro do Boavista neste campeonato passa(va) pelos resultados dos três jogos imediatos. Dois em casa e este em Loures nos quais os axadrezados defrontam adversários em luta directa pela manutenção.
Considerando este jogo, como disputado em terrenos alheios e se a isso juntarmos o facto de o Boavista ter conseguido o seu primeiro ponto fora de casa, o empate de Loures parece positivo, mas isso, é simplesmente uma ilusão para a quem a ele não assistiu.
Poderão as panteras ter conseguido evitar um mal maior ao conseguir a divisão de pontos no derradeiro minuto, mas não apaga em nenhum elemento axadrezado o amargo sabor de um empate com claro sabor a derrota.
Começou forte o Boavista, apostando no ataque continuo sem se surpreender com a postura defensiva e expectante do Loures. Acontece (quantas vezes tem acontecido?) que com a mesma facilidade que construía situações de golo, o Boavista as desperdiçava inglória e inexplicavelmente. Ao invés de um resultado de três ou quatro golos de vantagem nos primeiros seis minutos de jogo, o Boavista via o Loures conseguir um golo no seu único ataque, aproveitando uma perda de bola.
Não demorou muito esta vantagem pois a resposta foi rápida e o empate foi logicamente conseguido. Só que… tudo voltou ao início, isto é, Boavista dominando o jogo criando e desperdiçando situações de golo, passando ao lado de uma goleada apenas e só, pela inoperância ofensiva de concretizar tantas situações, algumas delas sem guarda-redes na baliza do Loures…
Inacreditável? Talvez! Mas para agravar a situação os sulistas voltavam à vantagem antes do intervalo.
O Boavista apostou na ofensiva, primeiro procurando o prejuízo para inverter o jogo. Demorou três minutos a estabelecer novamente o empate (injusto), mas após essa acção… tudo se repetiu. O Boavista bloqueava ao procurar a vantagem e parecia condenado a só marcar em resposta ao adversário.
Curiosamente o Loures voltaria a marcar e de novo, no minuto seguinte o Boavista igualou. Fácil ao recuperar da desvantagem, incapaz de conseguir a vantagem, foi esta a sina da pantera ontem.
Se não há duas sem três… este jogo mostrou que não três sem quatro! Pela quarta vez a dois minutos do fim o Loures conseguia aproveitar balanceamento do Boavista para conseguir (pela quarta vez a vantagem), conseguindo transformar uma possível goleada (sofrida) na hipótese de uma vitória!
Alberto Melo, teve que arriscar tudo na procura do empate (irónica situação para quem dominou um jogo inteiro) e viu no último minuto, num livre de dez metros a igualdade surgir, depois de ter adiantado o guarda-redes desde que sofreu o quarto golo.
O jogo terminou de imediato, com todos (quase) felizes. O Loures porque conseguiu transformar uma goleada de uma (possível) diferença de seis/sete golos para uma igualdade. O Boavista porque acabou por evitar uma derrota…
É obvio e é uma verdade de “La Palice” mas quem não marca não pode ganhar. Ter que criar oito nove oportunidades para marcar um golo, sinceramente… não chega! Não dá!
Os dois próximos jogos são em casa e só um resultado pode ser possível… ganhar ambos! Mas é necessário aproveitar (pelo menos) um terço das oportunidades que se criam.
A arbitragem esteve certa, sem precisar de actuar disciplinarmente e não teve qualquer culpa dos erros ofensivos axadrezados.
Crónica de Manuel Pina