Reconheço que não estava muito preparado, mas correu bem para mim e para o Boavista.
Não, este sabe melhor, pelo trabalho conjunto da equipa e ter permitido que no conjunto, recuperasse-mos o título nacional de clubes.
Porque diz que não estava preparado?
Porque por motivos profissionais não consegui realizar um número de treinos habitual. Treinei só uma semana no duro, mas acabou por correr bem.
Estamos a meio da época. Quais os objectivos para o restante?
Caso não passe para profissional até Setembro, vou disputar a Taça de Portugal em Novembro. Com intgenção de vencer também, quer individual, quer colectivamente.
Há quantos anos está no Boavista?
Correu como esperava, pois estava muito bem preparado, mas como não gosto de falar antes dos acontecimentos, esperei pelo dia e apliquei-me. Entrei confiante, sabia o que tinha que fazer e correu bem.
Como se actua individualmente e simultaneamente a pensar na equipa?
Mesmo que seja individualmente, há também um trabalho de equipa, pois enquanto uns jogam os outros apoiam e incentivam para atingirmos a vitória no nosso jogo.
Considera importante o título colectivo?
Muito importante! Recuperamos o título e não fomos só os que venceram os combates mas todo o conjunto de participantes do Clube.
Os vossos treinos são feitos (grande parte na rua). É importante?
Sim para conseguirmos resistência física e flexibilidade. Permite-nos mais resistência ao número de “rondes” e encaixe de golpes sofridos.
No seu futuro pessoal, está prevista a passagem para o profissionalismo?
Não para já não!
Há quanto tempo está no Boavista?
Há muitos. Estive cá até aos 11 anos, parei durante dois anos e depois voltei para iniciar a fase competitiva, por isso estou aqui há muitos anos e é o Clube onde gosto de estar.
BRUNO PRANTO
Bruno Pranto é o atleta de maior peso do Boavista. Começamos pela pergunta geral. Como correu o combate?
Foi bem disputado e sem tirar valor ao meu adversário, não foi muito difícil, fiz um combate calmo e conseguia a vitória que era fundamental.
É a conclusão de um ano de trabalho. Sente nervos antes do jogo?
Sim… enquanto subo as escadas para o ringue! A seguir ao “gongue” do primeiro assalto só quero fazer o meu jogo e vencer, não penso em mais nada.
Colaborou na reconquista do título máximo de clubes. Foi importante?
Sim muito importante essa reconquista, pois o Boavista é um nome sonante na modalidade em Portugal e nos últimos dez anos tem conseguido o domínio do Boxe português e nós queremos manter essa posição e conquistar os títulos que disputamos.
No sábado conquistam os títulos e na segunda-feira estão de novo nos treinos, com a mesma intensidade. Como se consegue isso?
É com um espírito de sacrifício, um espírito de vencedor, um espírito de entreajuda de toda equipa e claro e acima de tudo, é preciso gostar. Há muitos clubes em Portugal mas aqui no Boavista há muita amizade, muita união e muito carinho entre todos, Isso é que permite que continuemos a lutar pelos títulos.
Passam ao lado da crise. Como o fazem?
Com amizade e união. Aqui é a nossa segunda família e se algum desanima nós temos que o recuperar.
O futuro do boxe no Boavista está assegurado?
Sim se depender dos atletas e treinadores, está assegurado até ao fim dos nossos dias.