quinta-feira, 19 de setembro de 2019

FUTSAL - JOSÉ VASCONCELOS (TREINADOR SÉNIOR) ANTEVÊ ÉPOCA E JOGO DE SÁBADO



José Vasconcelos é  o técnico principal da equipa sénior de futsal para a presente época. Boavisteiro de coração, José Vasconcelos foi o primeiro treinador das equipas de futsal do Boavista. 
Neste seu regresso a casa – cerca de três dezenas de anos depois – registamos   a sua opinião sobre a prova na sua globalidade e a preparação para o primeiro jogo.

É o teu regresso ao comando técnico do futsal do clube. Quantos anos depois?

Quase trinta anos desde a primeira vez que orientei o Boavista.

Foste um dos fundadores do futsal do Clube?

Na condição de treinador, sim. Fui o primeiro treinador do Clube, que como todos sabem, se iniciou com o nome de Panteras Negras e só posteriormente assumiu o nome de Boavista Futebol Clube. Mesmo nos primeiros anos com o nome do Clube eu continuei como treinador da equipa. Na totalidade, fui treinador do Boavista nos primeiros quatro/cinco anos de vida do futsal.

No presente o Boavista está inserido na série “B” talvez a mais difícil e competitiva de todo o campeonato. Neste contexto quais são os objectivos que consideras possível alcançar e que aposta vai o Boavista fazer?

Na realidade, esta série, é a mais complicada de todas e como prova disso, podemos verificar que normalmente o segundo classificado desta série fica fora da fase final, por ser considerado o “pior” dos segundos… Como todos sabem, a equipa segundo classificada, com menor número de pontos conquistados, é considerada a “pior” segunda classificada e tem que dar lugar ao campeão dos Açores. Como os jogos são muito equilibrados e todos os resultados podem acontecer, os pontos acabam por ser divididos por diversas equipas sem se concentrarem na sua maioria em duas ou três.

Mais dificuldades para se conseguir os objectivos?

Estamos conscientes dessas dificuldades, mas cientes do nosso valor e preparados para jogar e para vencer todos os jogos que vamos disputar.

O plantel que tens dá-te garantias ou sentes necessidade de mais algum elemento?

A experiência que tenho diz-me que os clubes estão sempre no mercado, aproveitando todas as oportunidades para se reforçar dentro das necessidades dos planteis. Mas, neste momento, o plantel dá-nos todas as garantias e foram todos primeiras escolhas. Fizemos cerca de noventa e cinco por cento de renovações da época anterior e os três reforços que entraram vieram acrescentar qualidade à que já existia. Estamos conscientes das dificuldades, mas preparados para a competição.

Quantos treinos realizam por semana?

Treinamos três vezes por semana, segunda, terça e quinta sempre no pavilhão Fontes Pereira de Melo, onde vamos realizar os nossos jogos em casa.

Sempre foste defensor de um sistema de jogo por todos reconhecido. Na actualidade adaptas esse sistema ao teu plantel ou tentas adaptar o plantel ao teu sistema de jogo?

Eu tenho um modelo de jogo em que acredito e com o qual me identifico mas tenho que me ajustar conforme o meu plantel. Tenho jogadores que me vão dar outro tipo de opções e naturalmente, não vou retirar essas características e irreverências que o plantel do Boavista tem. Vamos fazer disso uma mais-valia e adaptar o modelo de jogo aos jogadores que temos aproveitando as característica de cada um.

Como treinador de futsal, que análise fazes a estes quadros competitivos, que têm entre os distritais e o principal escalão só esta prova?

Este modelo competitivo não faz sentido nenhum e nota-se que muitas equipas campeãs distritais abdicam da subida `segunda divisão nacional. 
Tudo tem que ser remodelado e passar a disputar a segunda divisão em duas séries de norte e sul com o maior número de equipas possível e numa segunda fase, fazer um Play-off com as quatro equipas melhores classificadas para determinar as subidas. 
Criar uma divisão intermediária entre os campeonatos distritais e a primeira divisão nacional. Dado que não tem razão de ser uma equipa que por um ponto não entre no grupo de luta pela subida ao primeiro escalão, possa descer aos distritais nessa mesma época.

Para terminar, que esperas do primeiro jogo do campeonato?

Neste momento, temos algumas lesões que nos limitam um pouco,  estamos a contar com as naturais dificuldades que o S. Pedro de Fins nos irá colocar. Sabemos que eles têm qualidades mas nós temos as nossas armas para impor o nosso jogo na procura da vitória impondo a nossa vontade e o factor casa com os nossos adeptos a apoiarem.