O pugilista do Boavista, António Rodrigues, esteve presente no torneio
de boxe "Celtic Box Cup", que se realizou
na Irlanda.
Foi uma experiência de lançamento internacional do pugilista
axadrezado, que foi acompanhado pelo seu treinador Carlos Caldas, com quem analisamos
a participação no evento.
Senhor Caldas como aconteceu esse convite para o torneio?
O evento é anunciado em vários sites, os clubes interessados acabam
por se candidatar com a participação dos seus atletas. Como treinador, considero
que estes torneios são essenciais para o lançamento de novos atletas a nível
internacional e simultaneamente para o pugilista, que ganha experiência e
confiança.
Como se consegue a participação destes torneios no estrangeiro?
Obviamente que não fica barato e é dispendioso, mas com o apoio de
alguns amigos, batendo a uma e outra porta, conseguimos uns patrocínios que
tornam estas participações possíveis.
Falando da participação do António, como correu a prova?
Considero muito positiva, porque lhe deu mais experiência, embora não
tenha conseguido o objectivo principal que pretendíamos.
O que aconteceu então, para essa afirmação?
O objectivo era conseguir o primeiro lugar, mas teve um adversário que
não conseguiu ultrapassar. No entanto, não foram cumpridas as regras que estavam
determinadas na nossa participação.
Como assim?
O adversário era muito difícil e experiente sendo inclusive o vencedor
da prova do ano anterior. O que aconteceu de anormal, foi facto de o António
ter sido inscrito num escalão que em principio seria composto por atletas do
grau Júnior “B” que tivessem menos de dez combates oficiais até à data.
Cumprimos como
sempre o fazemos. O António como atleta júnior tem poucos combates (sete) enquanto, o adversário
era muito experiente, tendo muito mais de trinta combates.
Assim, não podia estar nesse escalão?
Exactamente. Mas só soubemos isso depois, o número de combates oficias
faz evoluir os atletas e por isso, as condições não estavam corretas. Mas ficou,
acima de tudo, valeu pela experiência que o António conquistou. Mas para se
poder ganhar um combate as condições têm que ser iguais. Um pugilista com
trinta jogos, tem um à vontade no ringue que não tinha ao sétimo combate.
Qual o estado de espírito do António após essa participação?
No global está contente. No final do combate não se sentiu muito bem, porque pensava poder dar mais e não o deu porque se sentiu algo
nervoso, considerava que com o decorrer do combate o atleta se tornaria mais
fácil. Não se tornou, porque se resguardou na sua experiência jogando
igualmente com a inexperiência do António.
Experiência a repetir?
Sem dúvida. Tendo possibilidade económica para fazer a participação,
não hesitarei em levar os nossos atletas. Jogar neste patamar é sempre muito importante.
Estes atletas são o futuro do clube e é nestes que temos que apostar.
A juventude que entrou há poucos anos estão a cumprir o que pretendia?
Sim estão. Vamos participar no Odivelas Cup, onde para além do António
vamos participar com mais dois atletas. Essa prova terá a participação de
atletas estrangeiros, que darão muita experiência aos nossos jovens.