Helena Monteiro,
vive o Voleibol diariamente. Mesmo, em período de férias, as suas atenções
estão concentradas na próxima época. Realizamos esta entrevista no Estádio do
Bessa e com a sua alegria, ficamos a conhecer um pouco mais, esta Grande Esperança
do Voleibol Nacional.
Concluído o
teu primeiro ano a disputar o Campeonato Nacional de seniores da primeira
divisão, a pergunta que coloco é, sentiste diferenças substanciais entre o
campeonato da segunda e este?
São muito
diferentes. E assim é muito diferente, estar numa ou noutra divisão. Na
primeira divisão, todas as equipas têm imensas qualidades, enquanto na segunda,
tal não acontece, porque as equipas são compostas por atletas com menos
experiencia. Na primeira divisão, as equipas são mais trabalhadas e têm outros
objectivos competitivos, dando à prova um cariz competitivo bastante grande
Pessoalmente,
sentiste uma evolução, a disputar este campeonato?
Senti, que
evolui bastante com a participação na primeira divisão. Foi muito diferente,
foi um salto enorme.
Continuas a
participar nos trabalhos da seleção Nacional. Com consegues organizar o teu
dia-a-dia?
Dedico quase
toda a minha vida ao Voleibol. Tenho treinos todos os dias, pela seleção e
depois pelo Boavista, tendo na média dois treinos por dia. Pela seleção, treino
pelas seis horas da manhã, terminado o treino vou para as aulas e no final da
tarde tenho o treino do Boavista.
Como se
consegue treinara às seis da manhã?
Dormimos
todas juntas nos Carvalhos e todas, sabemos que temos o treino nesse horário. É
uma questão de adaptação.
Vários
clubes pretendem a tua aquisição, mas uma vez mais, contínuas no Boavista. A
que se deve esse facto?
Primeiro,
porque é o meu clube de coração e o clube onde sempre joguei. Para além do
facto de me sentir muito bem acompanhada pela equipa técnica e assim, não
correr o risco de ingressar num clube com maiores ambições e por causa da minha
idade, ser menos utilizada.
O Professor
José Machado, acompanha e complementa o teu trabalho n a seleção?
Evolui muito
mais com o professor que na Seleção. O professor fez-me crescer muito. Sinto
que acabei por evoluir muito neste anos, derivado da complementaridade, dos
trabalhos com o professor e com os trabalhos da seleção.
Como “vês” o
Professor José Machado?
Ele, é cinco
estrelas. Ele, fez de mim o que eu sou neste momento. Ele trabalha muito
connosco e explora os nossos pontos fracos, trabalhando, exigindo e fazendo-nos
corrigir e evoluir. É exigente e pouco simpático a treinar… com ele, aprende-se
a jogar Voleibol a nível competitivo exigente.
A nível de
equipa. O que podemos esperar do Boavista nesta época?
Lutar por um
dos primeiros quatro lugares cimeiros. Já o ano anterior, acho, que podíamos
ter feito mais, mas este ano, quero mesmo ficar num desses lugares e na pior
das hipóteses ficarmos no segundo grupo para ganhar o Campeonato Nacional.
Nunca venci nada e quero vencer um título este ano. Quero e acredito.
Com que
idade começaste a jogar voleibol?
Com onze
anos. Senti curiosidade e vim com uma prima.
Não
começaste cedo. Já jogavas razoavelmente?
Eu jogava na
escola, mas era uma “fininha” que não acertava uma…
E como
chegas a este nível?
Eu sou muito
autoconfiante. Desejei, jogar voleibol. E joguei! Apostei, em jogar na equipa
sénior do Boavista e aqui estou! Desejei, jogar na seleção e consegui. Eu trabalho
para atingir o que quero e tenho conseguido.
Para o
futuro quais são os teus objectivos como atleta? Queres ser profissional e
jogar no estrangeiro?
Jogar no
estrangeiro, é uma aposta minha desde o princípio de atleta. Quero realizar
essa minha aposta, já no próximo ano, pois penso ser a hora certa para sair. Quanto
a ser profissional… vamos ver essa situação.
Tens duas
apostas para esta época. Vencer uma prova pelo Boavista e passar a jogar no
estrangeiro?
Exacto. Conseguindo
isso, ficarei muito feliz, para além de ter, nesse caso, representado em
Portugal, sempre o meu clube. Também tenho certos objectivos para alcançar com
a camisola nacional.