BOAVISTA FC
4 – MIRÓ 4
O jogo
inaugural desta fase da Taça Nacional, foi um jogo de contraste e curiosidades, que merecem
registo. Curiosamente, os segundos (iniciais e finais) tiveram grande influência
no resultado final. O Boavista abriu o activo nos primeiros dez segundos de
jogo, sofreu a primeira situação de desvantagem a oito segundos do intervalo e
viu o adversário empatar de novo a nove segundos do fim do jogo!
Como já
referimos, o Boavista entrou a vencer e ficou em todos os presentes a ideia
(errada) que os axadrezados iriam conseguir uma vantagem considerável.
Mas quem
assim pensou, enganou-se redondamente. Os jovens de Penacova, apostaram num
jogo, quase de futebol, em que os cuidados defensivos eram o mais importante, e
logo aí, surpreendeu-nos ao não acusar o golo madrugador.
Defendendo, quase
exclusivamente, com todos elementos unidos e solidários, apostavam que o
valor individual, de dois jogadores, fizessem ou conseguissem o resto. Miguel e
Francisco portadores de boa técnica, quando possuíam espaços partiam sozinhos
para o ataque em jogadas directas e sempre concluídas com remates.
Aos cinco
minutos, surgiu o empate. O Boavista, acusou o toque e durante toda a primeira
parte nunca os Panteras conseguiram tomar o controlo de jogo. As oportunidades
sucederam-se mas para os dois lados e numa delas quando o intervalo estava à
porta o Miro ganhou vantagem.
A segunda
parte foi completamente diferente. Domínio total e muitas vezes asfixiante, do
Boavista com os Viseenses remetidos exclusivamente à defesa. Oportunidades
falhadas, foram muitas mas o empate recusava-se a aparecer.
Como não há
fome que não dê em fartura, em três minutos aconteceram quatro golos. O Boavista
empatou, mas na jogada seguinte o Miró voltava a ganhar vantagem. No entanto, nessa
fase, repetimos, o domínio era total do Boavista e não surpreendeu que os
axadrezados fizessem dois golos e pela primeira vez, colocassem o marcador a
seu favor.
Mas estava
escrito, que os segundos eram importantes neste jogo e a falta de concentração do
Boavista quando o adversário beneficiou de um livre (inofensivo) a nove segundos
do fim permitiu que o Miró empatasse definitivamente o jogo.
A arbitragem
até aí serena, cometeu (para nós) um erro, pois o jovem que desviou a bola na
área do Boavista cometeu falta sobre o defesa axadrezado. Foi um erro, mas com influência
no resultado final.