quarta-feira, 6 de março de 2013

GINÁSTICA RÍTMICA - ENTREVISTA COM LARISSA LAURINDA A CAMPEÃ NACIONAL

Na entrevista, com o sorriso bonito
Larissa Laurindo, é uma jovem encantadora, tímida e um pouco reservada, com uma humildade, que escondia a alegria e orgulho que deveria sentir, pela conquista do título nacional em Ginástica Rítmica, conseguido no fim-de-semana passado.

Larissa, antes de mais, os nossos parabéns pela tua conquista. Para te conhecermos um pouco melhor, pergunto de onde és natural e a idade?
Sou natural do Brasil, da cidade de S. Paulo e tenho dezanove anos.

Desde quando praticas ginástica?
Desde os dez anos.
Foste influenciada por algum familiar que tivesse sido praticante?
Não, ninguém na minha família praticou a modalidade. Eu interessei-me pela ginástica, sem qualquer influência e fiquei por vontade própria.

O Boavista foi o teu único clube?
Não, no Brasil já praticava.
Com as medalhas, que conquistou pois venceu todos os aparelhos em que participou

O facto de não possuíres nacionalidade portuguesa não te prejudica na modalidade, a nível de possíveis convocatórias nacionais?
Para ser convocada a nível nacional, nestas condições só no Brasil, mas como é lógico, penso que no Brasil não conhecerão a minha carreira e por isso, é uma questão que considero muito difícil de acontecer.

Não vais desejar ter a nacionalidade portuguesa?
Desejo ter, mas é uma situação muito difícil e morosa para se conseguir. Só depois de passarmos seis anos após a nossa legalização em Portugal, é que podemos pedir a nacionalidade portuguesa.

Orgulhosa e ainda tímida

Como é o dia de dia de uma atleta estudante?
As minhas aulas terminam pelas dezassete e trinta, depois venho para o Bessa treinar a partir das dezoito horas até às vinte e uma.
É sempre a correr…
Sim. É verdade! (sorriu)

Que escola frequentas?
Carolina Michaelis.

Nos desportos colectivos, pode perder-se um jogo ou outro e ser-se no final campeão. No vosso caso, tudo é resolvido num dia?
Efectivamente, tudo se decide num dia.

Nesse dia tudo se pode ganhar, tudo se pode perder. Como lidas com essa pressão?
É complicado. Nós temos dois esquemas e minuto e meio para cada um. Nesse tempo, temos que demonstrar tudo o que sabemos e tudo o que treinamos. É mesmo complicado, apostamos tudo nesses minutos.

Quando estás em prova, o mundo não existe, ou lembras-te de alguma coisa que te pode tirar a concentração?
Sou muito negativa (disse nervosamente rindo) mas aí tenho as treinadoras para me apoiarem, tenho que pensar na concentração e, claro pensar no melhor.

Na tua modalidade, vocês têm vários aparelhos. Qual o que gostas mais?
A bola.
E o que gostas menos?
A corda.
E em qual te sentes melhor?
O arco.

O facto de seres Campeã Nacional, faz-te pensar que és a melhor atleta da tua categoria, ou fazes parte de um grupo que pode ganhar e perder, quando compete em conjunto?
É preciso referir que na ginástica há vários níveis. A primeira e segunda divisão e as de Elite, que competem para as selecções e jogos Olímpicos.  Considero que há muitas melhores que eu. No entanto, no meu nível, os resultados falam um pouco por mim, embora não me considere a melhor. Nestes campeonatos eu fui considerada a melhor, mas tudo depende sempre de teres um dia bom, ou teres um dia mau.

Como se processa as mudanças de níveis competitivos?
Na primeira e segunda divisão, são os treinadores que decidem, baseado no nosso trabalho e resultados conseguidos. No nível de Elite, já passa mais pela decisão da Federação.

Objectivos pessoais. Profissionais?
No próximo ano vou entrar na Universidade na área de desporto e quero ser profissional na área de ginástica.

Quem é a tua treinadora?
Aqui, a Sara Monteiro (que estava ao seu lado).

Sara, contente com a actuação da sua atleta?
Muito feliz, mas feliz também, com a actuação de todas as nossas atletas presentes, foi uma prova muito positiva para o Boavista.
Vamos falar disso, depois desta entrevista?
vamos, sim com todo o prazer.

Nota: Essa análise de Sara Monteiro, será postada amanhã.

 Entrevista de Manuel Pina