BOAVISTA FC
3 – SPORTING CP 6
(0-0)
PAVILHÃO:
Infante Sagres
ÁRBITROS:
Nuno Oliveira, Tiago Queirós (AF Coimbra) e José Oliveira (AF Porto)
BOAVISTA FC
Leonel
Latino
Saraiva
Pedro
Rodrigues
Bébe
Banco
Gonçalo
Kingwell
Rubinho
Torres
Amorim
Zé
Alheira
Treinador
João Marques
SPORTING CP
Paulo
Alex
Cigano
Afonso
Vitor
Banco
Correia
Gonçalo
Bernardo
Ludgero
Alexandre
Costinha
Varela
Treinador
Jorge Monteiro
DISCIPLINA
Boavista - Rubinho
(18), Amorim (29), (Latino 37)
Sporting –
Ludgero (30)
Sporting –
Varela (36)
MARCHA DO
MARCADOR
0-1
Ludgero (22)
1-1
Amorim (26)
2-1 Zé (32)
2-2 Varela
(34)
2-3 Ludgero
(35)
3-3 Saraiva
(36)
3-4 Afonso
(38)
3-5 Cigano
(38)
3-6 Vitor
(39)
Este encontro
entre panteras e leões, foi um espetáculo que ultrapassou (em muito) o que é normal assistir-se em jogos do escalão principal
de seniores.
Aceitando a vitória do Sporting - materializada nos últimos
minutos, mercê de um maior poder físico, que lhe advém de um banco melhor
apetrechado e de uma realidade competitiva mais intensa, durante a época –
temos que registar que os números são, claramente, exagerados.
Aceitar-se-ia
uma vitória pela diferença mínima, este resultado, em nossa opinião, acabou por adulterar to
tudo o
que se assistiu no Infante Sagres.
Foi um jogo, para terminar com um empate a oito ou nove golos, ou com a diferença mínima, dentro desses números, mas os dois últimos minutos, tudo alteraram.
Tinhamos uma
certa espectativa, para ver "que futsal", o Sporting, iria impor, neste confronto, com o futsal nortenho.
Esperávamos um futsal de posse de bola e passes curtos,
contra um sistema de jogo que o Boavista sempre impõe de velocidade e jogo mais
directo.
Ficamos, por isso, surpreendidos, quando verificamos, que o conceito de jogo
imposto pelos dois técnicos foi idêntico.
Daí, resultou
um jogo emocionante, jogado sempre em direcção da baliza contrária e sempre com grande velocidade de execução.
É o tipo de jogo, “que o povo gosta”. Luta com
respeito, velocidade e remates,… muitos remates. As oportunidades foram imensas e os guardiões brilharam intensamente.
O público primeiro rendido ao jogo,
depois inserido o mesmo ambiente, transformando o pavilhão num verdadeiro
espectáculo, que até ao técnico leonino (ver declarações noutra peça) emocionou
e encantou.
A primeira
parte foi de um equilíbrio total, com uma divisão de oportunidades (ligeiramente
superior para os lisboetas) que os guarda-redes, conseguiram
extraordinariamente evitar ver transformadas em golos.
A segunda
parte, teria que ter golos. Todos sabiam isso, porque não existem milagres no
futsal e os guardiões teriam que ceder.
E apareceram.
Primeiro por Ludgero, que recebeu um lançamento da sua área e nas costas da
defesa rematou cruzado para um excelente golo. Respondeu Amorim, com um
excelente remate frontal impondo o empate, quatro minutos depois. O Boavista, viria a dar a volta ao marcador, quando Zé enviou do seu lado esquerdo um
míssil indefensável.
O jogo não
acalmou… nunca víria a acalmar. O Sporting imita o Boavista, primeiro empatando
e de seguida virar o marcador. O empate, surge na resposta a um ataque
axadrezado e em contra ataque, Vitor marca. A reviravolta, acontece por
intermédio de Ludgero que aparece sozinho na área e não falha.
Aos trinta e
seis minutos, Varela vê vermelho directo ao cortar um lance perigoso no seu
meio campo defensivo. O Boavista, demorou menos de um minuto a aproveitar a
superioridade numérica e empata de novo.
Já ninguém e
muito menos os treinadores, conseguiam dizer aos atletas para pararem aquelas
jogadas de ataque puro e controlarem a bola, com posse aceitando o empate.
Disso, foi vítima o Boavista, quando atacava com 3/1 e perdeu a bola, invertendo-se a
situação e o Sporting em 3/1 não perdoou, por intermédio de Afonso.
Os
panteras, sentiram o golo e Cigano aproveitou a desconcentração para num remate
feliz, fazer de meio campo o golo que matou o jogo. Vítor, no último minuto
viria a aumentar a vantagem para o tal resultado mentiroso.
Quando os
jogadores, resolvem apenas jogar, os árbitros têm liberdade para julgar bem. Excelente
arbitragem
Para
terminar esta crónica, colocamos uma questão a todos os intervenientes e
público.
Querem repetir? É que destes jogos é que o futsal necessita.
Parabéns a
todos!
Crónica de Manuel Pina Ferreira