segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

FUTSAL (SUB 20) - CRÓNICA DE UM JOGO ENORME, COM RESULTADO MENTIROSO


BOAVISTA FC 3 – SPORTING CP 6
(0-0)

PAVILHÃO:
Infante Sagres




ÁRBITROS:
Nuno Oliveira, Tiago Queirós (AF Coimbra) e José Oliveira (AF Porto)





BOAVISTA FC

Leonel
Latino
Saraiva
Pedro Rodrigues
Bébe

Banco
Gonçalo
Kingwell
Rubinho
Torres
Amorim
Alheira

Treinador
João Marques

SPORTING CP

Paulo
Alex
Cigano
Afonso
Vitor

Banco
Correia
Gonçalo
Bernardo
Ludgero
Alexandre
Costinha
Varela

Treinador
Jorge Monteiro

DISCIPLINA
Boavista - Rubinho (18), Amorim (29), (Latino 37)
Sporting – Ludgero (30)


Sporting – Varela (36)




MARCHA DO MARCADOR







0-1   Ludgero (22)
1-1   Amorim (26)
2-1 Zé (32)
2-2 Varela (34)
2-3 Ludgero (35)
3-3 Saraiva (36)
3-4 Afonso (38)
3-5 Cigano (38)
3-6 Vitor (39)

Este encontro entre panteras e leões, foi um espetáculo que ultrapassou (em muito) o que é normal assistir-se em jogos do escalão principal de seniores.

Aceitando a vitória do Sporting - materializada nos últimos minutos, mercê de um maior poder físico, que lhe advém de um banco melhor apetrechado e de uma realidade competitiva mais intensa, durante a época – temos que registar que os números são, claramente, exagerados. 

Aceitar-se-ia uma vitória pela diferença mínima,  este resultado, em nossa opinião, acabou por adulterar to
tudo o que se assistiu no Infante Sagres.


Foi um jogo,  para terminar com um empate a oito ou nove golos, ou com a diferença mínima, dentro desses números, mas os dois últimos minutos, tudo alteraram.


Tinhamos uma certa espectativa, para ver "que futsal", o Sporting, iria impor, neste confronto, com o futsal nortenho. 
Esperávamos um futsal de posse de bola e passes curtos, contra um sistema de jogo que o Boavista sempre impõe de velocidade e jogo mais directo. 


Ficamos, por isso, surpreendidos, quando verificamos, que o conceito de jogo imposto pelos dois técnicos foi idêntico.
Daí, resultou um jogo emocionante, jogado sempre em direcção da baliza contrária e sempre com grande velocidade de execução. 
É o tipo de jogo, “que o povo gosta”. Luta com respeito, velocidade e remates,… muitos remates. As oportunidades foram imensas e os guardiões brilharam intensamente.



O público primeiro rendido ao jogo, depois inserido o mesmo ambiente, transformando o pavilhão num verdadeiro espectáculo, que até ao técnico leonino (ver declarações noutra peça) emocionou e encantou.

A primeira parte foi de um equilíbrio total, com uma divisão de oportunidades (ligeiramente superior para os lisboetas) que os guarda-redes, conseguiram extraordinariamente evitar ver transformadas em golos.
A segunda parte, teria que ter golos. Todos sabiam isso, porque não existem milagres no futsal e os guardiões teriam que ceder.

E apareceram. Primeiro por Ludgero, que recebeu um lançamento da sua área e nas costas da defesa rematou cruzado para um excelente golo. Respondeu Amorim, com um excelente remate frontal impondo o empate, quatro minutos depois. O Boavista, viria a dar a volta ao marcador, quando Zé enviou do seu lado esquerdo um míssil indefensável.

O jogo não acalmou… nunca víria a acalmar. O Sporting imita o Boavista, primeiro empatando e de seguida virar o marcador. O empate, surge na resposta a um ataque axadrezado e em contra ataque, Vitor marca. A reviravolta, acontece por intermédio de Ludgero que aparece sozinho na área e não falha.

Aos trinta e seis minutos, Varela vê vermelho directo ao cortar um lance perigoso no seu meio campo defensivo. O Boavista, demorou menos de um minuto a aproveitar a superioridade numérica e empata de novo.
Já ninguém e muito menos os treinadores, conseguiam dizer aos atletas para pararem aquelas jogadas de ataque puro e controlarem a bola, com posse aceitando o empate. 

Disso, foi vítima o Boavista, quando atacava com 3/1 e perdeu a bola, invertendo-se a situação e o Sporting em 3/1 não perdoou, por intermédio de Afonso. 

Os panteras, sentiram o golo e Cigano aproveitou a desconcentração para num remate feliz, fazer de meio campo o golo que matou o jogo. Vítor, no último minuto viria a aumentar a vantagem para o tal resultado mentiroso.

Quando os jogadores, resolvem apenas jogar, os árbitros têm liberdade para julgar bem. Excelente arbitragem

Para terminar esta crónica, colocamos uma questão a todos os intervenientes e público. 

Querem repetir? É que destes jogos é que o futsal necessita.
Parabéns a todos!

Crónica de Manuel Pina Ferreira