A DEFESA, FOI... O MELHOR ATAQUE!
BOAVISTA FC 2 – GDOPERÁRIO 5
Ao intervalo (1-3)
Pavilhão do GD Viso
CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS
ÁRBITROS:
Hugo Marques e Luís Graça da AF Braga
BOAVISTA FC
Cinco Inicial
BUFFON, NUNO, IVAN, PEDRO SILVA e FÁBIO
Jogaram ainda:
HUGO, MACIEIRA, RICARDO SANTOS, ORLANDO, SÁPINTO, MIGUEL e TEIXEIRA
GD OPERÁRIO
Cinco inicial
BETO, NAVAIS, VETO, MINHOCA e PAULO PINTO,
Jogaram ainda:
BIRA, RENAM, BALÃO, OLIVEIRA e PAULO FERREIRA
DISCIPLINA
AMARELOS -Miguel (11) Beto (16) Nuno (23) Teixeira (39)
MARCHA DO MARCADOR
0-1 Veto (2)
0-2 Minhoca (14)
0-3 Minhoca (16)
1-3 Ivan (18)
1-4 Navais (25)
2-4 Fábio (38)
2-5 Veto (40)
Os Açorianos apresentaram desde o início de jogo uma aposta forte, na defesa do seu meio campo, jogando sempre – em termos defensivos – nos seus vinte metros defensivos. Quando a bola era posse do Boavista, o Operário nunca a procurou recuperar em terrenos axadrezados, passando para esse sector do campo somente quando ganhavam posse de bola.
Durante todo o jogo os Açorianos, mostraram grande concentração, tacticamente fieis ao seu plano de jogo e muito solidários entre si.
Perante este sistema de jogo ao Boavista restavam duas soluções ou tentar remates de meia distancias, ou ter um elemento desequilibrador que assumisse a tentativa (quase individual) de rasgar a defensiva contrária. Nem teve esse rematador, nem alguém assumiu como desiquilibrador… e o jogo foi praticamente controlado pelo Operário.
Para agravar todas as dificuldades – já esperadas – um erro defensivo deu aos dois minutos um golo de vantagem ao Operário, que caiu – para eles – como ouro sobre azul. A primeira aposta do Operário seria controlar o jogo defensivamente e posteriormente tentar um golo. Ora aconteceu, que ainda sem nada ter feito ofensivamente, Vero aproveitava um ressalto para abrir o activo. Com este golo prematuro e oferecido, a táctica apresentada, era agora um sistema ideal para este jogo.
Com o Operário esperando pelo Boavista sempre no seu meio terreno, os axadrezados trocavam bola sistematicamente entre si na saída do seu meio terreno sem poder de infiltração, transformando o jogo numa espécie de Voleibol em que cada turma ocupa só o seu meio terreno.
Com o passar do tempo e como seria lógico esperar, começaram a aparecer os erros de passes que permitiam os contra ataques dos Açorianos. A coesão táctica e defensiva, destes, só permitiu em todo os jogo, dos situações de contra ataque ao Boavista aos doze e dezasseis minutos, que não foram aproveitadas.
Numa das transições dos Açorianos, recuperação de bola e ataque, o capitão Minhoca fazia os dois a zero. O Boavista não conseguia reagir e Minhoca, dois minutos depois fazia o terceiro golo. Ivan, num remate cruzado diminuiria e lançaria a esperança numa segunda parte diferente.
Tal não veio acontecer, porque os açorianos nunca se iludiram e sempre fieis ao estilo de ogo, não davam espaços a uma equipa, lenta e algo apática não sabendo descobrir forma de se desenvencilhar daa forma do jogar do Operário. Alberto Melo tentava descobrir um sistema que tudo alterasse, mudando os seus atletas, mas não encontrava soluções, enquanto nos Açorianos a substituições feitas, nada alteravam, porque neste aspecto, a equipa nunca mostrou um elo mais fraco. Coesão, disciplina e entrega ao jogo, aconteceram sempre estivesse quem estivesse em campo pelos Açorianos.
Mesmo com o jogo mais aberto, o Operário faria o quarto golo, por intermédio de Navais e sentenciava o jogo, pois nas oportunidades que o Boavista conseguia, nenhuma foi aproveitada. com o Operário a controlar o jogo, o Boavista passou a jogar de cinco para quatro a partir dos trinta e cinco minutos. Faltava tempo e a diferença de golos era muita…
Numa primeira fase em que Miguel era o guarda-redes volante, o Boavista esteve lento e só por uma vez podia ter marcado. Quando Sá Pinto ocupou essa posição a equipa subiu de rendimento e o Operário pela primeira vez abanou. A dois minutos do final Fábio reduziu, à boca da baliza, mas o tempo era escasso para a reviravolta.
O Boavista manteve a sua aposta no, cinco para quatro e a dois segundos do final do jogo, numa recuperação de bola, Veto fechava a contagem com a baliza axadrezada desguarnecida.
Vitória certa de uma equipa, que se preocupou – primeiro – em não deixar jogar, que beneficiando da oferta do primeiro golo, controlou o jogo. Não se pode acusar o Operário pela apresentação deste sistema, pois foi a sua aposta. Ao Boavista cabia a obrigação de conseguir um antidoto para não só contrair esse sistema, como solucionar esse problema e a verdade é que as Panteras nunca conseguiram resolver esse problema.
O jogo é isso mesmo! Cada um joga com as suas armas.
A arbitragem não esteve bem. Não teve influencia no resultado, é certo, mas demasiados erros de interpretação de faltas, mostraram que se este jogo, fosse disputado com mais agressividade – nos dois sentidos, positiva e negativa – a equipa de arbitragem correria o risco de se perder. Mas o pacifismo com que o Boavista encarou o jogo acabou por beneficiar a sua actuação.
A situação do Boavista passou a estar no limite. A equipa tem que reagir, tem que ser mais agressiva na procura e disputa dos lances e tem que acreditar que nada ainda está perdido. É indispensável vencer os próximos três jogos, a começar pelo de Sábado frente a umadversário (muito directo) em Loures.