Tínhamos
programado uma entrevista formal com duas atletas. Levávamos as perguntas
alinhadas… mas quando nos sentamos na mesa, tudo se transformou numa conversa
informal entre duas grandes amigas. As perguntas deixaram de existir, porque
estas Senhoras transformaram tudo, pareciam ter conhecimento das questões que
iriamos colocar… ou simplesmente, sabiam tudo de Voleibol.
Entre
risadas… falamos de coisas muito sérias.
Marta
Massada e Daniel Sol, ao seu melhor nível
Amadoras –
Vamos iníciar por fazer uma apresentação de cada uma. Quem são desportivamente
a Marta e a Dani?
Marta –
Comecei a jogar com catorze anos na Académica de São Mamede, como inciada de
segundo ano e em Júnior vim para o Boavista, onde estive várias épocas como
sénior. Em seguida, fui para o AVC de
Famalicão e regressei de novo, ao Boavista. Entretanto, iniciei a minha actividade
profissional e o Leixões que tinha acabado de subir à primeira divisão e tinha
uns objectivos mais … mais ligeiros... e ingressei no Leixões, para depois deixar
de jogar uns anos. Quando voltei, porque o “bichinho” não me largava, voltei ao
São Mamede e depois a Dani (sorriu para a Dani) arrastou-me para o Castêlo e
agora o Professor Machado arrastou-nos ás duas para o Boavista.
Dani – Eu,
comecei a jogar com onze/doze anos e fiz toda a minha formação no Castêlo da
Maia e joguei como Sénior alguns anos. Depois fui para o AVC e vim três anos
para o Boavista.
Amadoras - Há
algum título ou curiosidade que queiram destacar?
Marta – Eu
no Boavista, perdi sete finais… para esta amiguinha (riu-se). Os meus títulos,
como sénior, tenho uma Supertaça e uma Taça de Portugal. Aqui a amiguinha tem
muitos mais. Eu tenho muitos “Vices” fui “Vice” em Voleibol, em
Universitária, em Volei de praia universitária… muito “vices”.
Amadoras –
Campeã de Vices?
Marta – Sim.
Nisso sou campeã! (ambas se riram) em títulos dos outros é a dani que tem
muitos… uma açambarcadora.
Amadoras – A
Dani também tem muitos “vices”?
Dani –
conquistei ou catorze ou quinze títulos nacionais…
Marta – Que
me roubou! (gargalhada de ambas)…
Dani – Exceptuando o primeiro ano, em todos os escalões de formação fiu Campeã Nacional
e como sénior, no Castêlo fui ou seis ou sete vezes Campeã Nacional.
Amadoras – Deixem-me fazer um aparte. Para além de atletas, vocês são, pelo que verifico,
amigas!
Dani – Mesmo
antes de adversárias e atletas nós já eramos amigas. Não é?
Marta – Eu,
direi… mesmo grandes amigas. Mesmo antes de me roubares os títulos.
Amadoras _- Como se dá o
ingresso no Boavista?
Marta –
Estávamos a jogar no Castêlo e o que nos trouxe para o Boavista foi que o
professor Machado é um chato! O Boavista estava na segunda divisão e o projecto
ser atacar a primeira divisão, pelo que o “chato” do professor nos conseguiu
dar a volta.
Dani – Havia
a marcação daqueles jogos importantes para antecipar a subida e por isso o
professor nos convenceu para vir “ajudar”. Os jogos não se realizaram, mas nós
ficamos.
Marta – Apesar de eu e a Dani, ser azuis e brancas, a verdade é que o temos ambas um
“bichinho” muito grande pelo Boavista.
Dani – Ai,
ai, ai, vamos ser mortas (riram-se à gargalhada.)
Marta – O Boavista
é um clube da cidade do Porto e para mim esta cidade é o mundo. O Boavista é do
Porto e assim, eu também sou do Boavista, para além do orgulho que sinto por
ter vestido esta camisola. Eu e a Dani, somos (também) Boavisteiras, ninguém
tenha dúvidas!
Amadoras-
Então não foi o “bichinho” do Volei que vos fez regressar…
Marta – Não.
nós estávamos a competir, foi antes o “bichinho” do Boavista
Dani – E o
professor Machado!
Amadoras -
Como se consegue conciliar a vida profissional, com a vida familiar e a
modalidade?
Dani –
Primeiro de tudo, com um bom marido!
Amadoras –
Bom marido?
Marta –
Exactamente, sem um bom marido não há hipótese de conciliar isto tudo.
Dani – O
“bichinho” do Volei atacou depois do nascimento dos filhotes, depois de termos
sido mães… o bichinho atacou e voltamos ao nosso amor.
Marta – Quando jogava no Leixões, eu sentia-me prejudicada pelas urgências (Marta
Massada, é Cirurgiã de Ortopedia) mas depois com a experiência comecei a gerir
melhor o tempo. Quando voltei a jogar, o meu Afonso tinha dois meses e eu
dava-lhe de mamar antes do treino (riu-se) e treinava.
Amadoras – E
agora está à espera de outro tendo jogado estes jogos na condição de grávida…
Exactamente.
Até nos liberta ao contrário do que se pensa. Liberta-nos ocupa o nosso espaço
e tira-nos e stress. Concordas Dani?
Dani –
Concordo, não pensamos em mais nada. (Actualmente desempregada com curso em
Gestão de empresas)
Amadoras –
um bom marido e uns filhotes… fazem grandes jogadoras de Voleibol?
Ambas – Sim,
connosco fizeram!
Amadoras –
como consideram que foi a época do Boavista?
Marta –
Considero que foi muito boa, mas depois do que vi e conhecendo as meninas…
podia ter sido melhor!
Dani –
Concordo e lembro-me de as adversárias dizerem que impunha-mos respeito. Depois, com alguma falta de sorte e juntando isso a uma certa imaturidade, a equipa ciu
um pouco. Foi uma época boa, mas podia ter sido melhor!
Marta – Toda
a gente tinha medo de jogar contra nós. Mas o jogo que marcou a época foi o
jogo com o Gueifães, que fomos prejudicados pelo árbitro, esse jogo, mudou a
equipa. Na minha história de jogadora, acho que foi a primeira vez, que posso
afirmar que este jogo foi influenciado pelo árbitro. Foi mesmo o árbitro que
influenciou e decidiu o jogo. Se temos ganho esse jogo (derrota por 2/3) a
equipa iria acreditar mais em si para o futuro da prova.
Dani – Senti
que tivemos alguma sorte em jogos que disputamos em nossa casa. As equipas de
Lisboa não se deslocaram completas e nós vencemos por 3/0 e depois quando lá
fomos… perdemos!
Marta – Sim mas quando fomos ao Belenenses, fizemos um excelente primeiro set e depois…
desaparecemos do jogo (o diálogo era directo entre as duas). Faltou-nos um
bocadinho de maturidade.
Amadoras -
Vocês sentiram-se os pilares daquela juventude?
Marta – Sinceramente, acho que tivemos importância, mas que não era necessário nem tão
fundamental. Não foi em termos de jogo, porque elas sabiam muito bem, fazer as
coisas. O nosso apoio foi mais em termos de serenidade que lhes transmitíamos.
Dani – Se
calhar nós ajudámos um pouco a acalmar. Porque muitas delas, não estavam
habituadas à pressão. Conseguíamos que elas serenassem, mas elas têm valor suficiente para não necessitarem de nós.
Amadoras –
Vocês "ralhavam" muito com elas no balneário?
Marta – Não. Aliás um dos grandes problemas da equipa era não haver balneário! Era uma
equipa muito heterogénea e isso também tem os seus custos.
Dani – Nós,
temos mais anos de Voleibol que muitas delas têm de idade. (gargalhada). Acho
que nos adoptamos bem a elas e não elas a nós, afinal quem tem pouca idade
somos mesmo nós! Elas aguentaram bem a nossa presença.
Marta – E
quem ralhava mais com elas era eu e não a Dani. De mim é que elas devem estar
cheias (rindo-se). Nós temos a idade que temos! Fomos muito mais “palhaças” que
elas, isso é uma verdade.
Amadoras –
Falando do professor Machado. Ele está sempre preocupado. Se quero falar antes
do jogo… não pode ser! Se perdeu o jogo… nem vale a pena tentar falar! Se
venceu… não se pode faltar porque o próximo vai ser muito difícil! Quem é o
professor Machado?
Marta – É
muito dedicado e isso é pelo feitio que tem e pala dedicação que coloca no que
faz. É muito exigente e não é só no Voleibol, é também na sua vida. E digo-lhe
uma coisa… está muuuuuuito mais calmo. Ele é muito preocupado, não só em termos
de equipa, mas também em termos de pessoas e fica chateado quando as pessoas
perdem força e desanimam e nesta luta, troca-se baralha-se todo.
Dani – Mas
nesta altura, sabe pedir ajuda, sabe perguntar se é por aquele caminho que deve
continuar.
Amadoras –
Se voltassem a ter a idade infantil, voltariam a apostar no voleibol?
Marta – Sem
dúvida que sim.Tenho muitas
saudades desses tempos. Eu comia e respirava Voleibol
Dani – Claro
que repetiria tudo e temos muitas boas
recordações. Nós se pudéssemos murávamos num pavilhão. Não tenha dúvidas. A
minha mãe chegava a dizer para eu levar a cama e ficar lá a dormir.
Amadoras – O
convite feito pelo engenheiro para continuar ainda não tem resposta negativa
definitiva?
Marta – Eu
tenho que adiar por uns meses…
Dani – Tenho
as minhas filhas no Castêlo, mas se não continuar ainda virei cá fazer uns
treinos.
Amadoras – O
que representou para vocês estarem nesta fase (de novo) no Boavista?
Marta – Para
mim foi muito bom estar nesta caminhada do Boavista, mas tenho pena de ver que
as coisas não são como antigamente. Tínhamos o pavilhão cheio, os adeptos
conheciam-nos e chamavam por nós nos autocarros etc… agora as coisas são
diferentes, andamos deslocados, não temos pavilhão. Mas é gratificante ver que
as pessoas que cá estavam continuam a lutar e não desistem do futuro. Quem
chega cá e conhece estas pessoas que não desistem entra na luta e também
resiste. O Boavista é um marco da minha cidade, como o Porto. Tenho pena que
não esteja no lugar a que tem direito, mas nós estivemos aqui para ajudar na
luta pela recuperação.
Dani – O
Boavista não me diz tanto como à Marta, porque estive cá menos tempo, mas fui
muito bem recebida por todos. Mas nesta hora de reconhecimento, tenho que
salientar o senhor Sousa, antigo director, a Dona Graziela e o José Manuel
Palmeira que foi ele que segurou o Voleibol do Boavista, numa fase muito
complicada com problemas financeiros. Era de inteira justiça referir o nome do
José Manuel, pelo que ele significa para este clube.
Marta –
Acrescento que foi na altura da construção do novo estádio em que começaram a
aparecer problemas financeiros, tínhamos atletas profissionais e estrangeiros e
ele aguentou todos os problemas com firmeza. O José Manuel é um marco na
história do Voleibol do Boavista e fará sempre parte da sua história.
Amadoras-
Como pode um clube como o Boavista sobreviver com estas condições de treino
para um equipa de primeira divisão treinar em três pavilhões?
Marta – É
muito grave e prejudicial para nós e para o Boavista. Nós jogávamos sempre fora
de casa. Nós jogávamos no Fontes, mas só tínhamos um treino por semana no
Fontes. Jogavamos sempre fora de casa.
Dani – O
Boavista tem que ter um pavilhão! Não é possível um clube deste tamanho, não
ter um pavilhão. O Boavista é um clube demasiado grande com um peso enorme
nesta cidade para não ter um pavilhão. Por mais que se considere importante o
futebol, não é possível encarar o futuro sem ter um pavilhão.
Amadoras –
As condições de treino afecta o desempenho das jogadoras nos jogos,
principalmente nos serviços?
Marta –
Principalmente nos serviços. Os meus serviços que não são perto da linha, não
os conseguia fazer no Carolina. Como os meus treinos eram essencialmente no
Carolina e eu não vinha a outros… nunca treinei numa época os serviços. Como
tenho muitos anos de voleibol, conseguia controlar um pouco isso, mas as miúdas
com pouca experiencia, sentiam e vão continuar a sentir imensas dificuldades
nos jogos e ficarão prejudicadas na sua evolução.
Dani – O
sucesso do gesto desportivo vem da repetição e do treino. Treinar um serviço no
Clara é simplesmente enviar a bola por cima da rede, nada mais. Num jogo é
totalmente diferente. Senão treinarmos não há milagres. Agora as mais velhotas
como nós conseguimos disfarçar. (gargalhada geral)
Amadoras - Comentem
esta frase do engenheiro no jantar. “ vós não sendo boavisteiras, fazeis mais
pelo Boavista que muito Boavisteiros”. Que dizem sobre isto?
Dani – Para
mim, o que ele quis, foi salientar a fase que passamos de treinos para além dos
afazeres profissionais e familiares. Os nossos fins-de-semana em família foram
muito reduzidos. Tivemos que abdicar de muita coisa para jogar. Mas jogar é uma
coisa que nós gostamos de fazer.
Marta –
Quando eu vim para o Boavista aos meus dezasseis anos, principalmente entre as
gentes mais velhas havia muita rivalidade entre Porto e Boavista. A minha avó
ficou muito chateada por eu ter vindo para o Boavista, mas depois de ver como fui
recebida e tratada, foi a primeira a reconhecer que o Boavista não era nada do
que se dizia. A seguir veio para cá o meu irmão. Hoje, tenho cá o meu enteado.
Entre mim e o Porto existe um problema de saúde, porque eu sou maluca pelo
Porto. Mas… mas eu defendo o Boavista com a mesma força com que defendo o
Porto. São os dois da minha cidade, são os dois os meus clubes e podem crer que
entre a juventude muita gente pensa assim. Do outro lado da cidade, nós
preocupamo-nos muito com a fase que o Boavista atravessa. Mas preocupamo-nos
mesmo muito. Qualquer Portuense tem que
defender o Boavista. São clubes rivais… mas são irmãos!
Amadoras-
Como vêem o desporto feminino em Portugal?
Marta – Qual
desporto feminino?
Dani – Isso
existe em Portugal?
Marta – Mas
apesar de tudo o apoio ao voleibol feminino está maior e melhor que no nosso
tempo. Nós na selecção jogávamos com as camisolas que os rapazes usavam. Eles
acabavam o jogo e davam-nos as camisolas deles que nos chegavam aos joelhos.
Uma vez numa fase de apuramento para o europeu aqui no Rosa Mota, foi o
professor Machado que nos foi comprar meias, porque nós não tínhamos meias para
jogar. Agora tê uma professora cubana, têm centro de estágio etc…
Amadoras - Para o
voleibol de pavilhão é importante o voleibol de praia?
Dani – O
volei de praia é importante por ele próprio, para o vólei de pavilhão não
considero muito significativo.
Marta –
Defendo que até deveriam estar desligados. Em condições ideias deveriam estar
separados, mas no nosso país por causa das condições atmosféricas e ao facto de
terminando um campeonato se poder começar o de praia, dá para fazer os dois mas o ideal seria separar os dois.
Dani – Se quisermos
evoluir será isso que temos que fazer. Mas no nosso tempo nós pegávamos numa
bola e íamos para a praia, agora tudo se alterou.
Marta - Para muito melhor... A Daniela (jovem jogadora do Boavista, que joga as duas variantes) tem as
condições que não existiam no nosso tempo. Agora quem tem potencialidades, como
a Daniela tem que trabalhar e andar em frente.
Dani – Mas, devo dizer que se contam pelos dedos as miúdas que são raçudas no jogo. O nosso
querer é muito superior ao querer de muitas das actuais. Há muitas barreiras
para vencer e são muito poucas as que estão prontas para superar os seus
limites. Serão essa as que vão continuar e vencer.
Amadoras -Vamos terminar,
enviando uma mensagem para as vossas filhas adoptivas da equipa. Quem “ralha”
primeiro?
Marta – O que
sempre lhes disse. a postura no jogo é a nossa postura na vida. Num espaço de
hora e meia de jogo nós podemos viver todas as situações que a vida nos impõe. Se
formos espertas vamos aprender dentro do campo situações que nos vão ser úteis
na vida.
Dani – É muito
importante… saber ouvir! Sem mas nem meios mas… simplesmente ouvir. Perceber porque
é que aquilo é importante para mim, quando me disseram isso! Saber ouvir e
interpretar.
Marta –
Temos que melhorar, sempre todos os dias. Superar-nos a nós e ser competitivas com
as outras . não é crime ser competitivas com as colegas.
Amadoras –
Nem estraga amizades…
Dani – Não,
não estraga. Veja o nosso exemplo. Somos grandes amigas e passamos a vida a
competir entre nós.
Amadoras – Não vamos individualizar, mas como prevêem o futuro das miúdas do Boavista?
Marta – Há ali
grande potencial. Bastará lutarem contra os seus limites que o futuro aparecerá
e não precisam de nós para nada.
Amadoras –
Vamos abrir uma excepção para a capitã. A Catarina pareceu-me sempre tão
diferente do que era. Porque terá sido?
Dani – Talvez por nossa causa, se tenha sentido um pouco inibida e tenha perdido a
autoconfiança, mas ela tem condições para superar e tem grande potencial. Talvez
com a saída das velhotas ela volte a sentir-se mais livre
Amadoras –
Como vêem a formação das jovens?
Dani – Mal,
está muito mal. Nós tiramos o nosso curso e treinávamos muito mais que eles
treinam agora e dá para fazer tudo ao mesmo tempo, porque eu fiz.
Marta – Há dois
estados de espirito nos pais portugueses. O do “coitadinho” em que os filhos
coitadinhos ou estudam ou se esforçam… coitadinhos é muita coisa junta! Ou o de
esperar que os filhos sejam o Cristiano Ronaldo da Modalidade. Ambos estão
errados. Eu sou esposa. Sou mãe, sou ortopedista e jogo… dá para fazer tudo.
Amadoras –
Mas há quem defenda que formar não é lutar por vitórias…
Dani – Que formação
é essa? O atleta tem que ser formado na base da vitória, muitas vezes vi que as
nossas jovens convivem demasiado bem com a derrota.
Marta – Dou um
exemplo do que a Dani está a dizer. No jogo com o Belenenses em Lisboa, desistimos
do jogo no segundo set, depois de um excelente primeiro set. a Dani estava no
chuveiro a chorar, ao tomar duche e a miúdas estavam na risota…não sentiram a
derrota! Demasiado habituadas a aceitar a derrota. A derrota nunca se aceita! Uma
pessoa que aceite facilmente a derrota, vai ser um “manso” toda a vida. Nunca será
respeitado. Isto também é formar.
Ficaríamos
todo o dia a conversar, mas temos que parar… o que sentem estas Senhoras pelo
voleibol?
Marta –
Saudade
Dani – Que grande
saudade
Entrevista de