Durante a entrevista |
Filipa
Faria, tem nas suas veias o sangue da Pantera – filha de Carlos faria – e foi
durante algum tempo a única ligação que tivemos com a Ginástica axadrezada.
Ontem, conversamos com a jovem, de dezasseis anos, mas com grande maturidade e autoconfiança,
a quem agradecemos a sua colaboração e escutamos a sua opinião, sobre a sua
actividade de ginasta.
Quando começaste
a praticar ginástica?
Cerca dos
dez anos de idade, por isso, há seis anos.
Tens na
família alguma pessoa que no passado
tivesse praticado e te influenciasse para a modalidade?
Não, que eu
saiba não. Mas a decisão foi totalmente minha. Vim cá experimentar, gostei e
fiquei.
Mas quem te
convenceu a vir?
Foi mais o
meu pai (rindo-se). Eu quando era mais pequena tinha praticado Plygimno e saí por
causa da escola. Mais tarde voltei e acabei por ficar na rítmica.
Quase seá
desnecessário perguntar, mas em que clube te iniciaste?
Sempre estive
no Boavista, claro.
Em prova |
Em que
categoria?
Faço parte
da Ginástica rítmica da segunda divisão ingressei esta época no escalão sénior.
Já tens na
tua carreira algum título?
Não. Não tenho
nenhum, nem esse é o meu objectivo pessoal. Pessoalmente quero evoluir, fazer o
meu melhor e ter prazer no que faço. Não tenho pretensões a títulos e sinto-me bem
nesta situação pela qual optei.
Pelo desporto?
Sim, pelo
desporto, pelo prazer e pelo acompanhamento das minhas amigas.
Qual o
aparelho que gostas mais de fazer?
Não tenho
nenhum aparelho favorito.
Mas é
inevitável, tens um que gostas mais e um que gostas menos. Quais são?
Bem… então o
que gosto mais é Fita, o que gosto menos são as cordas e no que me sinto melhor
é com a Bola.
Num treino em situação de descompressão |
Como se
processam as escolhas dos esquemas? São fixos ou alteram-se?
Quem determina
e escolhem os esquemas que apresentamos, são as treinadoras depois de
analisarem as atletas, nos treinos. Naturalmente, elas escolhem os esquemas
conformem as capacidades que as ginasta têm, ou que as treinadores consideram
ter, obviamente.
São fixos?
Não. Os esquemas
costumam mudar em cada época, assim como os aparelhos. Podem até ficar pelo
menos um para a época seguinte, mas normalmente, mudam assim como os esquemas.
Que escola
frequentas no momento?
Secundária da
senhora da Hora.
Como correm
os estudos?
Bem! Frequento
o décimo ano, por isso, considera que estão bem.
Anunciando o fantasporto |
Que objectivos
tens para o desporto?
Como já
referi anteriormente, quero continuar junto às minhas colegas, treinar os
esquemas e evoluir nos aparelhos, dar o melhor de mim e isso, fará com que me sinta
bem e orgulhosa de mim, os resultados classificativos pouco conta se me sentir
bem e completa com o meu trabalho.
Profissionalmente,
vais querer seguir desporto?
Não, não! Quero
mais seguir humanidades. Mas enquanto os estudos permitirem posso até ser
treinadora de ginástica… sei lá. Mas só enquanto isso for compatível entre as
duas coisas, quando for impossível conciliar opto pelos estudos.
Tens uma
meta determinada para acabares como atleta?
Não, meta
não tenho. Enquanto os estudos permitirem vou praticar, mas com a entrada no
décimo primeiro e décimo segundo as dificuldades vão aumentar e optarei quando
e se for necessário.
És adepta do
Boavista?
Claro (rindo-se)
Mas foi a ginástica
que te fez pantera’
Não. Sou desde
que nasci. O meu pai tratou disso e por isso, sou boavisteira desde muito
pequenina.
Orgulhosa desse
emblemas que trazes ao peito?
Sim, muito.
Tirando a ginástica,
qual a modalidade que gostas mais?
O futsal,
porque o meu pai é um apaixonado, jogou e agora é treinador do Boavista. Vou
ver todos os jogos.
No sábado,
foi mau…
O resultado
foi. Mas na segunda parte jogaram bem. Vão ganhar o próximo jogo (riu-se a
olhar para o pai, que estava ao lado).
E, lá foi a
correr para o treino esta jovem e simpática pantera.
Entrevista de
Manuel Pina