sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

ANDEBOL (INICIADOS) HENRIQUE SANTOS PREPARADO PARA A DECISÃO


Henrique Santos, é o timoneiro de uma equipa à procura de rumo certo que o leve ao porto da manutenção. É um treinador consciente das dificuldades mas igualmente confiante nas suas tropas.

Vai começar a segunda fase, a decisiva, está tudo pronto?
As perspectivas, é ganhar o maior número de jogos possíveis e o mais rápido possível. Sem conhecer algumas das equipas do centro que vamos defrontar e tendo algumas ideias sobre o Salva Terra de Magos, o primeiro adversário, que penso ser uma equipa muito forte.
O Alavarium, o D. Fuas Roupinho e o 1º de Maio, devem estar ao nosso alcance e é por aí que temos que ir, porque a diferença de pontos para eles é significativa e temos que ganhar para nos encostarmos o mais rápido possível.
Será disputado a duas voltas?
Sim é uma prova de todos contra todos a duas voltas e todos transportam os pontos da primeira fase.
A equipa conseguiu ganhar maturidade suficiente, na primeira fase?
A equipa tem vindo a melhorar, não é fácil, porque é uma equipa toda nova, uma equipa com pouca força e rapidez, mas são processos que se vão adquirindo com o tempo e trabalho nos treinos. Tudo o que aprenderam têm que colocar em campo nesta fase, que é uma fase do tudo ou nada. Nesta fase temos que ir para ganhar mesmo.
Começam em penúltimo. Vai haver uma aposta nos jogos com adversários mais directos?
Vamos começar em último porque o Monte (Aveiro) desistiu. Todos ganharão seis pontos e por isso tudo fica igual.
Qual o objectivo para que se aponta?
O objectivo é alcançar o antepenúltimo lugar, porque descem dois clubes.
Já analisou o percurso?
Sim. O primeiro jogo é complicadíssimo que é contra a melhor equipa. As viagens são muito longas e serão problemáticas para estes jovens. Os jogos fora serão muito complicados. Teremos que vencer em casa e nesse caso penso que chegará para as nossas intenções.
Haverá adversários “alvo”?
Sim haverá. A nossa aposta é vencer o Alavarium, o 1º de Maio e o Fuas Roupinho e vamos lá ver como é o Salva Terra.
Um treinador tem uma vida um pouco “anormal”. Tem um ano para criar uma equipa, utiliza-a durante outro ano e depois entrega o trabalho a outro. Não acha algo injusto?
Eu não sei se é justo ou se é injusto. Tenho a minha opinião. A minha ideia é… eu tinha uma equipa (o ano passado) fantástica que foi formada em dois anos.
Há duas vertentes. Há a vertente de ser bom continuarmos, porque já nos conhecemos e os processos estão assimilados e tudo é mais fácil. Por outro lado, há o senão que é eles estarem sempre com os mesmos métodos e com o mesmo treinador e é necessário que eles aprendam outros métodos que serão necessários no futuro, mesmo se saírem do Boavista. Desta forma quando chegarem aos seniores sabem que já tiveram vários métodos e treinadores com visões diferentes. Com o mesmo treinador criam-se vícios entre jogadores e treinadores.
Mantendo-se na mesma divisão, para a próxima esta equipa será mais forte?
Esta equipa se continuar a trabalhar como até aqui será uma equipa forte. Será difícil ir à fase final, mas será uma equipa para andar nos primeiros lugares, disso não tenho dúvida. Com dois miúdos que vão subir dos infantis e que já estão integrados na equipa e têm muita qualidade e que vão ser uma mais valia para a equipa.
Neste jogo/treino verifica-se facilmente a diferença de estatura entre os jogadores do Porto e os seus. É normal?
Possivelmente os jogadores do Porto serão jogadores de segundo ano e nós somos uma equipa de primeiro ano e nestas idades isso nota-se muito. Nós na fase anterior perdemos muitos jogos por notória falta de velocidade e de força, porque em jogo jogado a diferença não era muita, mas em força e velocidade a diferença era muito grande.
No final da época já terão essa força e velocidade ou eles são malandros?
Não, eles não são malandros. Eles vieram de um escalão regional e infantil que não os obrigava a grande esforço para vencer os jogos, sentem naturalmente esta grande diferença.
Eles jogavam a meio termo, mas agora eles sabem que têm que dar tudo. Nós perdemos os jogos com a Sanjoanense – e eles já reconheceram – na força e na velocidade porque no jogo nós fomos superiores.
Estamos a falar da primeira divisão nacional…
É um abismo entre o regional de infantis e o primeiro escalão de iniciados.