O jogo de ontem, no pavilhão do Lima, era importancia crucial, para
o Boavista, pois no caso de vitória, os axadrezados, asseguravam a subida ao
primeiro escalão nacional. No entanto, o Académico apostou em adiar ou impedir tal
desiderato e entregou-se ao jogo como se ele fosse uma final.
Começou bem o Boavista ao atingir um parcial de 3/0 e
levando a vantagem até aos 5/1… depois caiu um pouco e o Académico subiu. O jogo
tornou-se emocionante e cedo se começou a notar que a tarde era do GR dos
Alvinegros.
A equipa da casa atingiu a primeira vantagem aos 9/7 e só na
segunda parte o Boavista, daria a volta ao marcador aos 17/16, mas foi sol de pouca
dura, dado que o Académico passou a comandar o marcador, nunca superando a diferença
de dois golos, mas sempre na frente do marcador, exceptuando quando os panteras
empatavam o jogo.
O guarda-redes alvinegro parecia defender tudo e quando não
defendia, os postes eram seus aliados. Contamos mais doze remates aos ferros da
baliza da equipa da casa.
Curiosamente, o guardião do Boavista esteve em excelente
plano na segunda parte. Principalmente num “último minuto” autenticamente
louco.
O Boavista esteve por três vezes a jogar com quatro
elementos de campo e terminou o jogo com apenas… três. Registe-se o facto que
em todas essas situações o Boavista marcou.
Falemos então do tal minuto, em que tudo aconteceu e o
Boavista poderia ter perdido toda uma época de trabalho.
Nos últimos dois minutos o Boavista sofreu a marcação de
quatro livres de sete metros e o seu guarda-redes defendeu… três, salvando o
jogo.
Na passagem do vigésimo nono minuto do segundo tempo, o
académico vencia por um golo 25/24. A equipa de arbitragem “conseguiu” marcar
dois livres de sete metros contra o Boavista, conseguiu também expulsar dois
jogadores de campo… do Boavista, terminando por excluir outro e fazendo o
Boavista acabar o jogo com apenas quatro atletas.
Contrariando tudo, o Boavista viria a marcar, empatando o
jogo, a dez segundos do final.
O Académico, em clara superioridade, veio para a
vitória, mas os atletas axadrezados, foram heróis mantendo o empate.