Inês Rocha,
tem um passado curioso. Fez toda a formação como atleta no Boavista Futebol
Clube, foi a treinadora que iniciou a secção no FC da Foz e agora encontra-se a
trabalhar como técnica do SC Caldas. Esses e outros pontos, foram analisados em
entrevista.
Antes de
falarmos do SC Caldas, explica como é que uma mulher que começa o projecto do
FC da Foz, aparece a treinar nas Caldas da Rainha?
Iniciei
o projecto do FC da Foz, onde estive dois anos, depois, tive um convite do
professor Carlos Simão, para ir para o Gueifães, onde estive uma época. No final
dessa época, o SC Caldas, convidou-me para ingressar no Clube. Aceitei e aqui
estou de corpo inteiro, há duas épocas.
Mas foste iniciar
um projecto ou já havia voleibol no Caldas?
Havia voleibol,
mas só uma equipa de Juniores. A minha equipa de Cadetes começou do zero,
porque havia juniores de competição e as outras meninas estavam noutros
eventos, como o gira vólei, ou mini vólei, por exemplo. Decidimos dar o doce,
porque as miúdas não faltam aos treinos, têm muita fome de bola e prometiam
muita evolução.
Este é o
segundo ano do projecto?
Sim, é o
segundo ano.
Sentes já
uma evolução técnica?
Uma evolução
fantástica, mesmo não tendo conseguido passar para o nacional. Por exemplo, no
nosso primeiro jogo oficial das meninas que eram iniciadas, mas estavam a jogar
como cadetes, foi contra o Belenenses e no primeiro set perdemos 2/25… foi
horrível, mas no terceiro set perdemos por 23/25. Logo nesse jogo se viu do que
elas seriam capazes.
A nível regional
como têm sido os resultados?
Ao não
passarmos ao nacional continuamos a nível regional e sempre em melhoria,
vencendo os últimos setes jogos terminando em primeiro lugar.
Qual a vossa
associação de competição?
A associação
de Lisboa, onde existem boas equipas, como por exemplo, a Lusófona, Belenenses,
Alto de Moinhos, Maristas, entre outros.
O vosso
projecto, tem limites, ou é para seguir em frente?
O projecto é
para continuar e chegar ao escalão de seniores.
Pareces uma
mulher/treinadora feliz…
Sim, porque
tenho toda a esperança nelas e sei do que elas são capazes e elas também sabem,
o que, às vezes não querem é mostrar.
A deslocação
a este torneio, é por ti, considerado positivo, ou foi desgastante?
Não foi
nenhum desgaste e a nossa participação foi muito importante. É muito válido,
ver o Boavista organizar estes torneios e ser de novo, um nome no Voleibol
nacional feminino. Até agora, parecia ter adormecido. Eu, fiz toda a minha
formação como atleta do Boavista. Considero, que foi uma mais-valia, ter vindo o
professor Carlos Simão, para coordenar a formação do Boavista.