VITÓRIA CERTA EM DIA DE (ALGUNS) ENGANOS
BOAVISTA FC 31 – AC LAMEGO 25
(19- 12)
Jogo importante para os axadrezados, com um triunfo certo, mas como
diria no final o seu técnico… não valia a pena tanto sofrimento.
Jogo com vários períodos de clara diferença exibicional das duas
equipas, com equilíbrio nuns momentos e ascende noutros, por parte de ambas equipas.
Até aos vinte e cinco minutos o jogo foi equilibrado e o marcador
sempre comandado pelo Boavista, mas nunca superando a diferença de um golo.
Nos últimos cinco minutos do primeiro tempo, o Boavista arrancou para
uma exibição de luxo e de total superioridade.
Com uma defesa agressiva e entregue
ao jogo, completada por um guarda-redes em grande estilo, a defender e extraordinário a ler
o jogo o Boavista, atingiu o intervalo com sete golos de vantagem.
Defendendo bem o Boavista, contava com o seu guarda-redes, que parecia defender tudo e colocando de imediato, em lances longos a bola em
contra-ataque,fez a diferença aumentar para sete golos.
Tudo parecia resolvido, mas foi um engano!
O Boavista, entrou mal no segundo tempo, falhou livres de sete metros e
cometeu inúmeras falhas técnicas, sempre aproveitadas pelo Lamego.
Aos quinze minutos do segundo tempo o Lamego reduzia para dois golos
de desvantagem, tendo marcado nove golos contar quatro do Boavista.
O jogo entrou em nova fase de equilíbrio com a diferença de dois/três
golos, entre os conjuntos, mas sempre com vantagem do Boavista.
O MOMENTO DO JOGO
Aconteceu aos cinquenta minutos. Em desvantagem numérica e a vencer
apenas por dois golos, o Boavista, sofreu um livre de sete metros. O guardião do Boavista (que tinha estado bem)
foi substituído pelo seu colega, Jorge Moura.
A possibilidade do Lamego reduzir para um golo
era iminente.
Jorginho, respondeu com uma extraordinária defesa, evitando o golo e servindo de
imediato o contra-ataque que um colega transformou em golo. Em vez da vantagem
de apenas um o Boavista passou para a vantagem de três!
A partir daí, o guardião empurrou a equipa para a vitória com uma
excelente exibição, que os colegas correspondiam com golos na baliza
adversária.
No final da partida, a equipa axadrezada correu para abraçar Paulinho,
transformando-o no herói do jogo.
Vitória certa da melhor equipa, que mesmo assim teve…alguns enganos.
A opinião do técnico Jorge Rodrigues.
Terminado o encontro conversamos com o técnico axadrezado. Jorge
Rodrigues, que estava feliz, mas ainda não recuperado das emoções do jogo.
Vitória importante, mas chegou a estar algo comprometida. Como o viu?
Um período bastante equilibrado no primeiro tempo. Num jogo em que
finalmente pude contar com os juvenis e no qual tive, apenas três iniciados
inscritos. Alguns erros neste período de equilíbrio, que aceito porque foram
fruto dos jogadores…quererem vencer.
Terminamos a primeira parte muito bem e ganhamos vantagem que parecia
decisiva. Mas não foi. Porquê?
Começamos, a segunda parte, perdendo a concentração que tínhamos na
primeira e por isso, começamos mal. Cometemos erros quer defensivos quer
ofensivos, que não se podem cometer. Sozinhos contra o guarda-redes, não tiveram
a melhor opção, mesmo quando todos estavam avisados para isso. Mas que compreendo pelo nervosíssimo
e pela importância deste jogo.
Quem está de fora, considera que houve um momento especial do jogo,
quando o o nosso guarda-redes, que entrou no nesse momento, defende a possibilidade
de o Lamego reduzir para um golo. Concorda?
Concordo. Eu tinha-o avisado que iria entrar no próximo livre de sete
metros, como aconteceu. Entraria sempre nos últimos minutos, independentemente
de haver livre de sete metros.
Entraria para ficar até ao final, porque é um belíssimo
guarda-redes, ainda iniciado, que lê muito bem o jogo ofensivo e, eu considerava
que seria útil na fase final do jogo, por ter essas características.
Mas ele não só defendeu, como galvanizou a equipa. Ele defendia tudo e
deixou para os colegas a obrigação de marcar. Aposta ganha?
Ele tem muita qualidade a defender a ler o jogo de acção e reacção ao
jogo e mereceu os abraços de todos os colegas no final do jogo.
Eles correram muito, mas você sofreu muito?
E não havia necessidade – sorrindo - como se diz, porque tínhamos margem
para organizar e margem para resolver as coisas de outra forma. De maneira mais
paciente, mais táctica, mas a precipitação, mais os erros que aconteceram. Neste caso, eu entendo, os erros e as
constantes falhas técnicas, que muitas considero … duvidosas, foram fruto de eles quererem mesmo vencer.