Terminado o
jogo, o técnico axadrezado, João Marques, ainda tentava encontrar palavras para
explicar o que se tinha passado. Esperamos uns tempos e depois mais calmos,
escutamos a sua análise.
Como explicas,
este empate, depois de tantos “avisos” aos atletas?
Primeiro, em
minha opinião, acho que não foi um bom jogo de futsal. Foi um jogo muito
intenso, muito competitivo, com grande entrega de todos os jogadores de ambas
as equipas, mas longe de ser bem jogado.
Foram apanhados
de surpresa pelo adversário?
Tenho que reconhecer
que sim. Fomos apanhados de surpresa, estávamos alertados para a forma de jogar
do Sever, mas mesmo assim, fomos surpreendidos nos primeiros dez minutos que
lhes deu a vantagem de dois golos. A partir daí, recuamos linhas e dando-lhes a
iniciativa de jogo e eles tiveram dificuldade. Começamos a impor o nosso jogo e
a controlar a partida.
Se olharmos
só para os dez minutos até ficamos com ideia que o empate é injusto para o
Boavista. Concordas?
Na nossa
melhor fase, o Sever tem duas arrancadas ofensivas e faz dois golos. Se analisarmos
as oportunidades de golos de ambos, posso aceitar essa ideia, mas tendo em
conta o que eles lutaram, acho o empate o resultado mais justo.
Qual a ideia
final sobre o Sever?
Uma equipa a
ter em conta para o futuro e que vai lutar pelo apuramento, disto não duvido,
que vai criar dificuldade a qualquer adversário.
Que gosto
tens?
A nossa
intenção era claramente vencer, mas depois deste jogo e desta luta acho que o
empate é um mal menor. A derrota é que seria muito complicada. Temos que
aceitar este resultado, como justo.
O Sever joga um futsal muito diferente do habitual?
Não cumpre
nada que os analistas dizem ser o futsal, mas lutam e correm que nem dão tempo
a tentarmos impor o nosso jogo. Cada um joga como sabe e eles são muito fortes
dentro do seu estilo de jogo. Mas levamos a ideia como lhes dar a volta no jogo
de nossa casa.