segunda-feira, 25 de maio de 2015

FUTSAL (JUNIORES) CRÓNICA DE UMA VITÓRIA "IMPOSSÍVEL"

SC BRAGA 5 – BOAVISTA FC 6
(1-3)


Comecemos pelo fim, de um jogo infernal. A treze minutos do final, o Boavista perdia por cinco golos a um e no final, venceu por seis cinco. Estes factos, só por si, aguçariam o interesse de todos os nossos leitores, mas houve, mais, muito mais para se comentar, pelo negativo e pelo positivo, numa tarde de grande entusiasmo em Braga.
Passemos ao jogo.
O Boavista entrou (mais uma vez) mal. O Braga por seu lado… bem. Como consequência desta verdade, os arsenalistas atingiram a vantagem de dois golos, mercê do aproveitamento dos erros axadrezados. Aos quatro minutos de jogo o Braga abriu o activo e aos sete, aumentou em jogada de contra-ataque. O Boavista respondeu, por intermédio de Zé, aos dez minutos.

A partir deste golo, os axadrezados tomaram conta do jogo e fizeram emergir duas "verdades" que acompanhariam até final, a história do jogo, transformando-se nas duas grandes figuras adversárias. Por um lado, e legitimamente, o guardião do Braga, que parecia imbatível e que tudo defendia e pelo lado negativo a equipa de arbitragem, principalmente o segundo árbitro???
O certo, é que mesmo que somando uma panóplia de erros deste senhor, entre livres por marcar (incluindo um penalty) a favor do Boavista, que enervou o público axadrezado presente, os panteras, tomaram conta do jogo e para além do equilibrarem, criaram oportunidades suficientes para empatar (no mínimo) o a partida.
Mas, contra a corrente do jogo e aproveitando mais um erro, o Braga marcaria o seu terceiro golo, com o relógio a  registar, os dezassete minutos. Este golo (injusto) abanou o Boavista e todos, passaram a esperar pelo intervalo para se acalmar.
O início da segunda parte foi simplesmente horrível, para os boavisteiros. Erros atrás de erros e o Braga, dispara para os cinco a um. Os axadrezados completamente aturdidos eram “ajudados” no descontrolo mental pela actuação do segundo árbitro, que parecia nunca se "incomodar" de continuar a inventar (nem imaginava o que o esperava a nível de sorte).

A treze minutos do final e com o jogo “perdido” o técnico axadrezado, João Marques, pediu um tempo técnico, em nossa opinião, mais para acalmar a equipa e evitar a goleada, que pensar na reviravolta, mas o impensável estava para acontecer.
Os axadrezados, entraram em campo, confiantes e assentaram o seu jogo e desfiaram postes e guarda-redes contrário. Mas se pela força a coisa parecia não acontecer… surgiu o primeiro momento mágico do jogo.
Rubinho descaído para o lado esquerdo do ataque aplica um “chapéu” enorme ao guardião e defesa arsenalista e reduz. Este momento mágico, “vira” a cabeça ao Boavista e os seus jogadores passam a ser um rolo compressor que tudo esmaga pela sua frente.
Em dois minutos marcam três golos, todos por Rubinho, reduzindo para a marca mínima. Este rolo compreensor é interrompido pela equipa de arbitragem, ao "conseguir" interromper o jogo cerca de dois minutos, para decidirem (graças à pressão do público Boavisteiro) em, primeiro, acumular uma falta do guardião arsenalista e depois, a muito custo, exibir ao mesmo o cartão amarelo.

Esta paragem, faz acalmar os arsenalistas e o Boavista continuando a dominar completamente o jogo, ficam igualmente, mais calmos.
O segundo momento do jogo, é protagonizado pelo tal árbitro. Numa falta (carga nas costas) na linha lateral, contra o Boavista, este inventor resolveu exibir o Vermelho directo ao jogador do Boavista, com menos de dois minutos para se jogar, condenando o Boavista a “perder” o jogo… pensava ele, pensavam todos os presentes!

Mas os panteras, atiram-se ao jogo de uma forma inacreditável e mesmo depois de verem a bola ser devolvida pelo seu poste… que marcaria o fim, se tivesse netrado. Disputavam cada lance como se todo  o mundo dependesse dele. 
A menos de um minuto e quinze do final, o Boavista corta um lance e parte para o contra-ataque, com o seu jogador a ser carregado no meio de três adversários. O árbitro marca a falta (indiscutível e impossível de não ser marcada) assinalando a marca dos dez metros. Depois de mais uma paragem de jogo pelas discussões com a equipa de arbitragem… Zé com toda a confiança, remata e empata a partida a cinco golos.

Com o “impossível” acontecido, o Boavista fecha-se (com menos um jogador). O técnico arsenalista, sabendo que este resultado não interessava às suas cores, adianta um jogador como guarda-redes volante, para jogar de cinco para três.
O Boavista defende todos os lances com uma intensidade enorme e o Braga arrisca. Neste conjunto de emoções/intenções, Baltar, dentro da área axadrezada, corta um lance, domina o esférico e remata para a baliza deserta do Braga. O remate é tão certo que a meio do campo já os boavisteiros festejavam. Foi o terceiro momento mágico.
Em resumo, deste jogo enorme em emoção e luta, deve registar-se, que o empate seria o resultado mais certo porque o Braga, esteve bem até doze minutos do final. Mas a vitória acaba por cair nos Boavisteiros graças à sua raça, teimosia, coragem e a momentos mágicos. 

Fica no entanto, um reparo. Para quê dar tantas chances aos adversários como já tinha sucedido em Moimenta da Beira?

Clima de luta e desportivismo dentro do campo, com intensa entrega e respeito entre atletas. 

Sobre a arbitragem devo sinceramente dizer. Ainda agora os árbitros, não entenderam como perderam (disse bem) perderam este jogo.