Ricardo Rocha é o treinador-adjunto do boxe do Boavista e encontra-mo-lo no seu local de treino no Bessa, aproveitando para o dar-mos a
conhecer um pouco melhor.
Ricardo Rocha e Telmo |
Comecemos por
falar um pouco individualmente. Como atleta, que emblemas representou?
Fui praticante
no FC Porto e só mais tarde fiquei ligado ao Boavista.
Como nasceu
o gosto pelo Boxe?
Vem quase de família O meu avô, fez boxe, o meu pai fez boxe, o meu irmão fez boxe, por
sinal aqui no Boavista, onde foi campeão nacional e eu herdei esse gosto.
Está no
sangue...
Pode dizer-se
que sim.
Neste momento, desempenha as funções de treinador. Vamos falar um pouco sobre esse aspecto?
Estou nas
funções de treinador-adjunto do senhor Caldas, há cerca de ano e meio/dois anos,
mas a tempo inteiro estou há um mês.
Com quantos
atletas trabalha?
Neste momento
há muito atletas de manutenção. Na competição o grupo é mais reduzido e deverá
andar por volta dos doze/quinze elementos e de manutenção cerca de trinta
atletas. São números um pouco de cor.
Ricardo Rocha com os seus pupilos |
Prefere a
competição?
Sim dedico-me
mais à parte de competição, da qual gosto mais. Mas também sem ajudo na
manutenção, como é óbvio.
A curto
prazo, há algum evento em perspectiva?
Infelizmente
não! Contamos com a realização dos campeonatos regionais e nacionais, mas ainda
não estão marcados. Vamos tentar, estar presentes num torneio na Finlândia, como fizemos o ano passado. Vamos tentar estar presentes noutro torneio
internacional e esperaremos por receber convites para qualquer torneio nacional.
Já quando
falei com o Telmo, senti alguma tristeza. Agora sinto em si igual sentimento e
alguma frustração. O que se passa com o Boxe?
Esses sentimentos
têm a haver com um quase abandono pela modalidade, por parte da Federação Perdemos
um "elan" que já tivemos num passado recente e atravessamos uma fase, de quase abandono e esquecimento, que tem conduzido muito atletas a abandonarem a
modalidade a nível competitivo.
A Federação
é a responsável?
Acho que
sim, pois nos anos anteriores nem os campeonatos nacionais se realizaram. Este ano
já existiram, mas nos anos anteriores nem esses campeonatos.
A que
atribui esses factos?
A uma certa rivalidade entre associações regionais e problemas federativos todos esperamos
que este ano, se resolvam definitivamente e tudo aponta nesse sentido.
Tudo isso,
também inibe o seu trabalho de treinador de competição?
Os nossos
atletas, precisam de combater para
progredirem. Sem competição, não é possível evoluir e, ainda mais grave,
perdemos atletas, porque não encontram razões para trabalharem e perdem a
motivação. Na última época perdemos alguns atletas de competição, por essa razão.
Temos um caso especifico que espero que regresse, mas neste momento se encontra
parado por falta de competição.
Esperamos que
as coisas melhores a curto prazo...
Esperemos que
sim e bem necessário, para bem da modalidade.
Entrevista realizada por Manuel Pina