Catarina Gomes, é a base de toda a formação axadrezada. Treina as
Minis e Infantis, sempre dedicada sempre presente. Exigente, mas atenciosa com
as suas meninas, por quem nutre um amor quase maternal. Pedimos-lhe uma curta
análise à época terminada.
Terminada a época desportiva. Como analisas a mesma?
De uma forma geral foi uma boa época, foi uma época de crescimento
para todas as atletas e para mim. Como é do conhecimento geral a equipa era
constituída, na sua maioria, por atletas com idade do escalão de minis, o que,
ainda assim, não justifica alguns resultados menos bons. Houve jogos perdidos,
que podiam ter sido ganhos, mas acima de tudo foram transmitidos os valores da
nossa cas, como honestidade e humildade acima de tudo. Saber ganhar e saber
perder.
Quantas atletas, tiveste sobre tua orientação?
Vinte e uma atletas. Esporadicamente recebi atletas de outros escalões
para terem mais horas de treino.
Com quantos treinos semanais?
Três treinos por semana.
No final de mais um ano, que evolução registaste nas tuas atletas?
Em termos técnicos e tácticos a evolução foi tremenda, também por
força da passagem do escalão de minis (4x4) para infantis (6x6). Depois veio o
trabalho psicológico, lidar com a derrota e tirar daí as nossas aprendizagens,
descobrir que só se obtêm resultados com muito trabalho e muito esforço e que
mesmo assim nem sempre somos recompensados - ao início havia muito o sentimento
de desistência e agora no final já lidavam melhor com isso.
Se as condições permitissem, achas possível e benéfico, o aumento de
horas de treino?
Sim claro, pelo menos mais um treino/semana seria muito benéfico.
Como coordenas o teu tempo, entre a tua vida profissional e o
voleibol?
Para já sem problemas.
O voleibol, é uma paixão? Ou mais que isso?
É sem dúvida uma paixão que tento transmitir todos os dias às nossas
atletas, não só às infantis, mas a todas aquelas com quem me vou cruzando nos
treinos. É muito importante que gostem do Clube e da modalidade, o resto vem
com o tempo... Não posso deixar de
referir que como boavisteira o voleibol para mim é também uma missão, não só
para ajudar como posso na continuidade desta modalidade no Boavista, mas acima
de tudo para honrar o trabalho de duas grandes pessoas, dois grandes amigos,
Sr. José Palmeira e Dª. Graziela Palmeira, por quem tenho grande estima e que
sempre deram/dão tudo por este departamento.
Continuas no Boavista na próxima época?
Sim, conto com isso.